Análise de Atlético 4 x 1 Coritiba, por Marcel Costa
Jogo de um time só
por Marcel CostaOntem teve clássico Atletiba na Kyocera Arena. Muitos não souberam disso, pois a estranha Copa dos 100 anos é um torneio criado com a única intenção de ocupar o calendário dos times menores do estado, além de proporcionar a chance dos maiores clubes revelarem novos jogadores, usando seus times B. Uma repetição da Copa Paraná de 1998 (acabou em 1999) e da Copa Sesquicentenário de 2003, ambas vencidas pelo Atlético, clube que investe muito na base e tem mais jogadores à disposição no elenco profissional. Neste ano não deve ser diferente, comemoraremos mais um título e revelaremos alguns bons jogadores.
O Atletiba, no entanto, foi um jogo de um time só. Com jogadores da categoria de juniores e alguns profissionais, o Atlético dominou a partida do início ao fim, goleou e podia ter marcado ainda mais, não tivesse valorizado tanto a posse de bola no segundo tempo, após a expulsão de um violento zagueiro adversário.
Naturalmente o Atlético marcou três gols na primeira etapa, através de Ricardinho, Edimar e Kaio, jogadores de destaque nos últimos anos na categoria de base do clube. O mais belo gol foi de Kaio que acertou o ângulo esquerdo do goleiro Café em uma perfeita cobrança de falta da intermediária. Depois dos gols o time diminuiu o ritmo e levou dois sustos. Primeiro no gol contra de Chico, desviando cobrança de falta de Renan, que pretendia apenas alçar a bola à área atleticana. Na seqüência, na saída de bola, o zagueiro Edimar escorregou e deixou a bola livre para Renan que desperdiçou uma chance incrível de diminuir o placar, chutando para fora, frente ao goleiro Guilherme.
Estas foram as últimas oportunidades criadas na primeira etapa. Na volta do intervalo, o Atlético continuou dominando as ações ofensivas e logo no primeiro minuto, o volante Robertinho carimbou a trave esquerda do gol da Madre Maria. A bola caprichosamente não entrou. Este gol coroaria a partida do jogador, o melhor em campo. Ainda no início do segundo tempo, Ricardinho deu um belo drible em Titi que o parou com falta violenta, levando o cartão vermelho.
Após a expulsão do zagueiro coxa, o Furacão diminuiu o ritmo e o treinador Leandro Niehues aproveitou para mexer na equipe, colocando Cleverson no lugar de Kaio e o zagueiro Robenval no lugar de Robertinho. A intenção de Leandro deve ter sido poupar os principais articuladores do time, mexendo no posicionamento dos jogadores, com Chico passando à ala esquerda e Stanley ao meio de campo. O Atlético passou a tocar mais a bola e insistir menos na ampliação do marcador, colocando o adversário na roda e tirando o grito de olé dos mais de 1500 atleticanos presentes ao clássico.
Quando tudo parecia definido, Stanley fez linda jogada pelo meio, driblou dois adversários e chutou com a perna direita no canto do goleiro Café, definindo a goleada em 4×1. Um pouco antes, o treinador substituiu o atacante Willian por Leandro Bravin. Uma bela atuação do jovem time rubro-negro, reforçado pelo experiente Evanilson, que sem ritmo de jogo foi bastante tímido em campo.
Na quarta-feira, às 15h30, a Kyocera Arena recebe mais uma vez o Atlético B, desta vez contra o Cianorte. E no domingo, também na Baixada, o Ventania encara a Portuguesa Londrinense. Para quem gosta de torcer em qualquer situação pelo Atlético e quer descobrir o potencial dos novos valores do clube é um programa bacana. O time é bom e honra a tradição rubro-negra de revelar jogadores talentosos.
Marcel Costa é colunista da Furacao.com. Clique aqui para entrar em contato com ele.
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