18 out 2006 - 11h20

Inimigo cada vez mais íntimo

Adversário do Atlético nas quartas-de-final da Copa Sul-Americana, o Club Nacional de Football, de Montevidéu, não é um rival desconhecido pelos atleticanos. Há seis anos, o Rubro-Negro, comandado pelo técnico Oswaldo Alvarez, enfrentou o Nacional na primeira fase da Copa Libertadores da América de 2000. O confronto traz boas lembranças aos atleticanos, que venceram os dois jogos contra os uruguaios: 3 a 1 no estádio Centenário e 2 a 0 na Arena.

Fundado em 14 de maio de 1899, o Nacional é fruto da união do Uruguay Atletic e do Montevideo Footbal Club. O clube é considerado o primeiro do país formado por uruguaios – antes, as equipes eram fundadas e dirigidas por estrangeiros, a maioria ingleses.

Até o fim da década de 80, o Nacional ganhou fama internacional de ganhador de títulos, sendo a equipe que mais vezes conquistou torneios internacionais – 21 no total. É também o clube com o maior número de participações na Copa Libertadores da América, estando presente em 33 edições do campeonato, ficando com a taça em três oportunidades – 1971, 1980 e 1988.

Aliás, a identificação entre o Nacional e a Copa Libertadores é antiga, sendo um dos idealizadores da competição. A idéia surgiu em 1929, quando dois dirigentes do clube, Roberto Espil e José Usera Bermudez, planejaram um torneio que reunisse os campeões nacionais de cada país sul-americano. A idéia, no entanto, não saiu do papel e anos mais tarde foi colocada em prática, adicionando-se também os vice-campeões de cada país do continente, dando início à Libertadores da América.

Assim como o futebol uruguaio, o Nacional viveu seu grande momento de glórias até a década de 80. Além das 21conquistas internacionais, o clube ostenta em sua sala de troféus outros 40 títulos da Liga Uruguaya, a última conquistada no ano passado. As conquistas romperam os limites do clube, refletindo na seleção do Uruguai. O Nacional é o único clube uruguaio que contribuiu com jogadores para os mais importantes títulos da seleção: foram sete atletas na seleção olímpica de 1924; oito jogadores na seleção olímpica de 1928; nove jogadores para a Copa do Mundo de 1930, a primeira disputada na história; e cinco atletas na seleção de 1950, que levantou a taça no Maracanã, derrotando a seleção brasileira.

Estádio Gran Parque Central

Se o Nacional é um adversário conhecido da torcida atleticana, o mesmo não se pode afirmar do campo do jogo desta quinta-feira. Com capacidade para 20 mil pessoas, o estádio Gran Parque Central entrou para a história do futebol mundial ao sediar o primeiro jogo da história da Copa do Mundo. O local tem ainda uma importância especial aos uruguaios, local onde José Artigas foi nomeado "Líder dos Povos do Uruguai", em 1811.

Apesar dessa importância histórica, o estádio não é o principal palco dos jogos do clube, cedendo espaço para o Estádio Centenário, compartilhado com o Peñarol, principal rival local do Nacional. Foi no Centenário que o Atlético enfrentou o tricolor uruguaio em 2000, vencendo por 3 a 1. O lendário estádio foi construído para a Copa de 1930, disputada no Uruguai.

O clube estuda um projeto de ampliação e reformas do estádio Parque Central, que, quando concluído deverá ter capacidade para 30 mil pessoas.



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