Agüenta, coração
Uma família atleticana como a minha por certo não me entende quando, durante o jogo, ao invés de incentivar e torcer, eu fico criticando, sempre contando mais os erros do que os acertos.
Ocorre que no final da década passada, ou século passado, acostumei-me a torcer por um time grande, quase imbatível pelos shows que proporcionava, culminando com a conquista do campeonato brasileiro, o primeiro deste século.
Assim, o time cresceu e conquistou espaços no cenário nacional e internacional, estando sempre presente nas grandes competições, o que nos deixa orgulhosos, mas críticos diante da impotência de determinados jogadores que não conseguem se firmar na equipe, quer pela irregularidade ou mesmo pela falta de ritmo em face da qualidade superior dos outros atletas. Obviamente que o clube tem uma grande escola de craques, um CT de treinamento capaz de amoldar o atleta às necessidades da equipe, o que leva um certo tempo quando se trata de jogador estreante no clube, que não raras vezes veio de times menores ou da divisão a quo.
Por isso somos críticos e durante as partidas vemos mais erros do que acertos, pois torcendo muitos anos temos visto o furacão sempre entre os grandes, disputando as primeiras posições e não conseguimos aceitar um time inferior aos demais que recentemente nos deram títulos importantes.
Pedimos desculpas pelas críticas, mas ao mesmo tempo pedimos empenho do clube para que a equipe continue à altura, dando alegrias a sua torcida e fazendo do futebol a arte que todos queremos ver.