17 nov 2006 - 16h17

Kyocera comemora patrocínio ao Atlético

A Kyocera, uma das maiores empresas de telefonia celular do mundo, descobriu que o esporte é uma das atividades de maior retorno do marketing. E no país do futebol, nada melhor do que investir no esporte das multidões. Assim, em 2005, através de um contrato de Naming Rights (direito de uso de nome) batizou o Estádio do Atlético Paranaense, conhecido popularmente como “Arena da Baixada”. Desde então, o nome Kyocera Arena tem se difundido, em transmissões de jogos da equipe paranaense, numa jogada que tem rendido muitos lances de final de campeonato.

Segundo o diretor de Marketing do Atlético, Mauro Holzmann, desde que o clube começou seu projeto de profissionalização há 10 anos, tem diversificado sua carteira de captação de patrocínio. “O projeto de Naming Rights da Arena foi desenvolvido dentro das mais modernas técnicas de marketing e foi pioneiro no Brasil”, explica. Desde 1999 o clube estava procurando um patrocinador para o estádio e só foi encontrá-lo ano passado, através de agências de publicidade.

Como uma das filiais da Kyocera, a Kyocera Mita, responsável pela produção de fotocopiadoras, estava instalando um escritório em São Paulo, buscava também um bom projeto de marketing. Com o estádio, casou a fome com a vontade de comer. A empresa japonesa já investe em clubes de futebol no mundo todo, como o Kyoto Purple Sanga e outras equipes na Alemanha e Inglaterra.

Foi fechado um contrato de três anos, renovável por mais dois. O contrato estabelece prêmios para as conquistas do clube. Para cada título conquistado, em competições nacionais ou internacionais, o Atlético recebe um bônus. A patrocinadora também investiu na equipe rubro-negra. As camisas do Atlético estampam hoje a marca Kyocera. O Atlético continua responsável pela administração e operação do estádio, com autonomia, e o novo patrocinador pode fazer ações promocionais de seus produtos e de relacionamento com o público das partidas do Furacão.

Coincidentemente, o Atlético chegou às finais da Taça Libertadores da América e semifinais da Copa Sul-América, dois torneios também patrocinados por empresas japonesas (a Toyota e a Nissan). Enquanto isso, os jogadores do time brilharam e continuam fazendo bonito nos gramados japoneses: Washington, Marcão, Alex Mineiro, são alguns dos atletas do clube que estão no Japão, independente do acordo com a Kyocera.

O estádio

Desde que foi fundado, em 1924, o Clube Atlético Paranaense fica na região da baixada da Água Verde. Antes de ser construído o campo, era uma chácara ao lado de um depósito de pólvora. Alugado até 1933, foi então comprado. Foi batizado de Estádio Joaquim Américo. A arquibancada em concreto foi construída em 1937 e a cobertura, em 1939.

Em 1969, sofreu reformas, com mais degraus na arquibancada, vestiários e alambrado. Em 1980, através de doação de torcedores, foi feita a iluminação. De 1985 a 1993, o estádio foi fechado e o clube foi jogar no Pinheirão. Em 1994, voltou à Baixada. Em 1996, voltando à Primeira Divisão, alugou arquibancadas para aumentar a capacidade do estádio.

A Kyocera Arena comporta atualmente 24,5 mil pessoas e será ampliada para receber 42 mil torcedores. Segundo pesquisas, o Atlético tem a maior torcida do Paraná, com 52% dos torcedores de futebol em Curitiba e 53% no interior.

A Kyocera Arena pode ser conhecida por torcedores e até por turistas, com visitas pré-agendadas. Também pode ser vista no Google Earth, um site de imagens e fotos de satélite do mundo todo.

Fonte: Paraná Shimbun



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