Sobre a política de pacotes
Nunca simpatizei com a política de pacotes implementada pelo CAP. É certo que essa metodologia predomina na Europa e em outros centros futebolísticos. Porém, no Brasil, penso ser inviável.
A “entrevista” de Mauro Holzmann obviamente não me esclareceu nada acerca do futuro do Atlético em 2007 (acredito que essa não era a intenção do entrevistado) e me fez lembrar do sucesso que teve a dupla Gre-Nal aqui em Porto Alegre. Aqui, os torcedores tornam-se sócios pagando míseros R$ 30,00 (trinta reais) por mês para arquibancada e R$ 70,00 para cadeiras, sendo-lhes permitido assistir a todos os jogos com mando de seus respectivos times. Resultado: média de mais de 25 mil pessoas no Grêmio (que tem quase 33 mil sócios) e 23 mil pessoas no Inter (que tem mais de 40 mil sócios). Isso sem levar em consideração que os “estádios” daqui são arcaicos e desconfortáveis.
Essa política rendeu ao Inter, em 2006, só de mensalidades, mais de R$ 14 milhões!!! Some-se a isto a quota de TV, os patrocínios de camisa e estádio, a venda de jogadores e produtos licenciados…….resultado: 2° e 3° lugares do Campeonato Brasileiro, Inter campeão da Libertadores, etc. Não consigo acreditar que em Curitiba não existam umas 20.000 pessoas que se disponham a pagar mensalidades de R$ 50,00 nos setores mais baratos, R$ 80,00 (Getúlio Vargas inferior) e R$ 120,00 (Getúlio Vargas superior) para a assistir a todos os jogos na ARENA. Em razão do eminente fracasso da atual política de pacotes, fica a sugestão.