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4 dez 2006 - 9h48

Meu filho atleticano

Devido aos ótimos resultados do Atlético na Copa Sulamericana em meados de Outubro e tendo como fator preponderante os mutirões realizados aqui em casa para os mosaicos, meu filho de 03 anos, chamado Vitor, aprendeu a defender com unhas e dentes o Atlético. Sim, naquela época (menos de dois meses atrás), o time estava embalado e parecia realmente uma máquina de fazer gols.

Passada a euforia da vitória sobre o Nacional colecionamos só derrotas, de lá pra cá cada vez que ligo o radinho a pilha ele me pergunta como está o nosso Atlético e como não vou mentir para ele, digo que perdemos, mais uma vez e ele sai falando para minha esposa, “mãe, o Atlético perdeu” e ela o consola dizendo que no outro jogo ele ganhará e ele sai todo feliz da vida.

Dias atrás meu sogro perguntou a ele como estava o Atlético e ele no alto de sua sabedoria respondeu de bate pronto: “perdeu de novo vô”. É triste, mas é verdade, uma simples criança que não sabe e nem conhece Mario Celso Petraglia, o homem que revolucionou o futebol atleticano, nem sabe onde é o CT do Caju, nem entende o que essa estrutura toda representa, comemorou muito hoje ao final da partida contra a rebaixada Ponte Preta quando falei para ele que o nosso Atlético não tinha perdido e sim empatado.

Parece uma história irreal, infelizmente ela é mais que real e o que nutre a paixão do Vitor é um CD antigo de quase 10 anos atrás da época do antigo site Furacão 3000, lá canções em forma de rap e rock nacional fazem a sua cabecinha trabalhar e imaginar como é a Arena lotada, ele canta todas as músicas e a que ele mais gosta é a famosa “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ô, dá-lhe Atlético, dá-lhe Atlético, dá-lhe ô…”

Esse simples, mas sincero texto encerra oficialmente o ano atleticano, todos entrarão em férias, principalmente os jogadores e comissão técnica, espero que a pré temporada seja boa e que o ano de 2007 venha fazer a nossa torcida sonhar novamente e espero do fundo do meu coração poder comemorar muito mais vitória com o Vitor que no final de 2007 entenderá muito mais das cores vibrantes do Furacão.

Por favor não deixem o nosso Atlético morrer, o meu filho Vitor agradece.



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