5 dez 2006 - 9h47

Outras torcidas seguem a tendência do Mosaico

A iniciativa inédita no futebol brasileiro implantada pela torcida do Atlético com a realização do Mosaico Furacão está ganhando adeptos em outros estados. No Rio, a torcida do Vasco realizou um mosaico no estádio São Januário, com os painéis formando a Cruz de Malta, símbolo do clube carioca. O mosaico vascaíno foi realizado em novembro, na partida contra o Santos, pelo campeonato Brasileiro.

Conhecidos no país inteiro pela criatividade na hora de torcer, os nordestinos também estão aderindo à tendência dos mosaicos. Recentemente, no jogo contra o Corinthians, no Castelão, torcida do Fortaleza realizou uma espécie de mosaico com sinalizadores, formando as iniciais TUF – Torcida Uniformizada do Fortaleza.

Para os integrantes da comissão Mosaico Furacão, a propagação dos mosaicos pelo país é sinal de que a iniciativa está dando certo. “Acho muito legal esta iniciativa, pois valoriza ainda mais o nosso pioneirismo. Era questão de tempo para que outras torcidas no Brasil também tentassem executar um Mosaico, principalmente depois da grande repercussão que teve o Mosaico da bandeira brasileira (jogo contra o Nacional, na Copa Sul-Americana)”, afirmou o atleticano Gustavo Rolin, integrante da Comissão Mosaico Furacão.

Uma das idéias da Comissão Mosaico Furacão é sempre que possível entrar em contato com os organizadores de outros mosaicos, de outros clubes, num intercâmbio de informações dessa bonita festa, colorindo ainda mais os estádios do Brasil. “A troca de informações, de conhecimento, sempre é válida. Se houver essa troca de idéias, podemos ficar sabendo da existência de materiais mais baratos e que proporcionem um melhor efeito, por exemplo. Entretanto, devido a rivalidade, não acho que o intercâmbio será possível entre todas as torcidas”, disse Rolin.

Caso mais torcidas aderirem a iniciativa dos mosaicos, será possível no Brasil ter uma espécie de Campeonato Brasileiro de Mosaicos, que já é realidade no futebol europeu. “Na Europa, campeonatos entre Mosaicos de torcidas de vários países são comuns. Se realizado, este torneio ajudaria a embelezar os estádios brasileiros, pois é uma forma criativa de mostrar seu amor ao clube. E tudo isto, sem dúvida, ajudaria a aumentar a média de público nos estádios”, conclui Gustavo.

Os mosaicos atleticanos

20/08/2005: Na partida entre Atlético e São Paulo, pela primeira vez na história do futebol brasileiro, foi organizado um gigantesco mosaico nas arquibancadas. Os painéis formavam as iniciais do clube – CAP.

02/10/2005: A segunda edição do Mosaico foi no jogo entre Atlético e Flamengo, com os torcedores reverenciando as duas principais conquistas do Atlético: os títulos Brasileiros da 2ª divisão (em 1995) e da 1ª divisão (em 2001), com os painéis formando as duas estrelas que simbolizam as conquistas.

30/10/2005: No clássico regional contra o Paraná clube, no Brasileirão 2005, a torcida do Atlético fez seu terceiro Mosaico. Nas arquibancadas, foi formada uma enorme bandeira do estado do Paraná nas cores rubro-negras, numa referência à maior torcida do estado – “O Paraná é Rubro-negro”.

05/02/2006: No jogo contra o Galo Maringá, que marcou a estréia do alemão Lothar Matthäus no comando do Atlético, a torcida fez uma enorme bandeira da Alemanha nas arquibancadas, homenageando o novo treinador do clube.

12/10/2006: O símbolo estilizado do Atlético foi o destaque da quinta edição do Mosaico Furacão. A homenagem foi no jogo entre Atlético e River Plate, na Copa Sul-Americana, homenageando o "El Paranaense", como o Atlético é conhecido no continente sul-americano.

25/10/2006: A sexta edição do Mosaico Furacão formou a maior bandeira do Brasil num estádio de futebol, tremulando nas arquibancadas da Kyocera Arena. O jogo era contra o Nacional, pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana. Os torcedores atleticanos utilizaram mais de 2100 painéis na cores da bandeira nacional, reverenciando o clube, único brasileiro a seguir na competição continental.

15/11/2006: No jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, contra o Pachuca, o Mosaico Furacão fez referência à maneira como o estádio atleticano é conhecido: Caldeirão. Munidos por vários painéis, os torcedores escreveram nas arquibancadas “Uh Caldeirão!”.



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