13 dez 2006 - 10h24

2006, o ano do futebol… para os juniores

O ano do futebol. A frase, dita pelos dirigentes do Atlético no final de 2005, ainda ecoa na memória dos torcedores atleticanos, que vislumbravam uma temporada de muitos títulos para o Furacão. Se em 2006 o time profissional o clube acumulou insucessos (foi eliminado nas quartas-de-final do Paranaense, pelo ADAP, na segunda fase da Copa do Brasil, pelo Volta Redonda, apenas foi coadjuvante no Brasileiro, e foi desclassificado nas semifinais da Copa Sul-Americana, pelo Pachuca), no time de Juniores do Atlético a temporada foi totalmente diferente.

Em 2006, o Juniores atleticano disputou cinco competições: Copa São Paulo, Copa Saprissa, na Costa Rica, Taça BH, Copa Tribuna e Paranaense Sub-20. Dessas, três eram consideradas prioritárias pela comissão técnica: a Saprissa, pois era uma competição internacional, a Taça BH, segunda principal competição da categoria no país, e o Paranaense, em que o clube brigava pela hegemonia estadual na categoria, com a conquista do tricampeonato. Se as prioridades eram essas, o objetivo foi completado com o brilhante aproveitamento de 100%, com o Atlético fechando a temporada 2006 com os títulos da Copa Saprissa, da Taça BH e o tricampeonato Paranaense.

“A gente fica feliz com os títulos, mas o mais importante no departamento de formação não é ganhar, é preparar os jogadores para que eles cheguem com qualidade no profissional”, afirmou o coordenador das categorias de formação do Atlético, Marco Antonio Biasotto. “Esse é um grupo vencedor, uma equipe consciente e com uma comissão técnica bastante capacitada, que trabalha há tempos com esses jogadores, conhece bem cada um do elenco, o que também é importante para o trabalho”, completou.

Se um dos segredos está na comissão técnica, os profissionais responsáveis por comandar o time de Juniores atleticano comemoram o vitorioso ano de 2006. “Este ano foi ímpar. Conquistamos três títulos em três competições prioritárias, um feito muito difícil de se alcançar nas categorias de formação”, avaliou Marco Aurélio Tedeschi, preparador de goleiros do Juniores, em entrevista à Furacao.com.

Para o técnico Leandro Niehues, que este ano comandou o time principal do Atlético no jogo de ida da Copa do Brasil, contra o Volta Redonda, e o time B na Copa dos 100 anos, a análise do bom ano no Juniores não pode ser baseada apenas na conquista dos títulos. “Se a gente não tivesse ganhado nenhum destes campeonatos, mas a equipe continuasse servindo jogadores para a equipe profissional também teria sido bom. Mas é uma outra análise, o importante aqui no departamento de formação é que os jogadores quando chegam na idade de servir o time profissional, ou até mesmo antecipando este processo, ele chegue e fique lá”, afirmou. Segundo ele, nessa visão, os títulos vêm de maneira natural. “Lógico que uma equipe que revela talentos ela tem uma tendência muito grande a chegar nas finais. É o que eu sempre falo, chegar na final é uma coisa, mas ser campeão é um dom. E é por isso que as pessoas têm que respeitar este grupo porque é um grupo vencedor. Chegou em quatro finais de nível e acabou perdendo apenas uma. Então tem que ser respeitado, não o meu trabalho em si, mas o trabalho de formação do Clube Atlético Paranaense”, disse o treinador.

Um dos aspectos destacados pelo treinador está na vontade que o grupo teve em conquistar títulos durante toda a temporada. “Quem trabalha com esporte sabe como é difícil manter o alto nível de um grupo. Uma equipe que no primeiro semestre vai para uma competição internacional e vence de forma invicta, vencendo o Boca Juniors duas vezes (o título da Copa Saprissa). Depois, vai para uma Taça Belo Horizonte, faz nove partidas, ganha as nove, faz uma final no Mineirão, com 27 mil pessoas, e ganha, e ainda trabalha no segundo semestre inteiro e consegue manter o nível de concentração. Então o mérito é esse, os meninos sabem que eles têm muito a conquistar. Eles não ficaram nos números, nas vitórias do primeiro semestre e esqueceram de trabalhar no segundo semestre, então o mérito deles foi a persistência e o trabalho”, finalizou o treinador atleticano.



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