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20 dez 2006 - 12h07

Delírio febril por Arenas no Brasil

As diretorias de Santos, Corinthians, Palmeiras e Cruzeiro (momento pré-eleições) anunciaram “projetos de construção” de modernas Arenas para suas torcidas, com o discurso de investidores do exterior que já conhecemos.

Assim também foi com o Fluminense, o Flamengo, nossa filial o Figueirense e por aí se foi, e o assunto vai morrendo sempre, ficando esquecido e permanecendo tudo no projeto e no papel, e não acontece nada. A ultima é do Grêmio, que anuncia uma empresa da Europa com investidores construiriam uma moderna arena pra eles. – custo R$ 250 milhões. A torcida está delirando de euforismo, todavia, será que ninguém sabe fazer contas? Façamos um breve cálculo:

1) Alguém vai ter que por a mão no bolso e sacar estes 250 milhões para reavê-lo em 30 anos (ou 360 meses);

2) R$ 250 milhões divididos por 360 meses dá R$ 694.000,00 por mês;

3) Claro que alguém que faça este investimento quer ter lucro (são empresas e investidores é natural). Para se aguardar 30 anos para retirar um investimento é razoável 30%, que eleva a conta para 902 mil reais por mês, mais os juros ou correção serão 1.000.000,00 por mês;

4) Evidente que aquele que construa um estádio com o próprio dinheiro, não vai construí-lo para vender geral a R$ 5 pila, como querem os gaúchos, faz para isso um estádio menor para atingir o público economicamente viável que assegure o retorno;

5) Para retirar 1.000.000,00 por mês a um ingresso médio de R$ 20 pila, são 50 mil ingressos por mês, e um time como o Grêmio faz cinco jogos por mês em seu estádio, portanto são 10 mil ingressos por jogo empenhados ao investidor;

6) A média de público do Grêmio em 2006 foi de 20 mil por jogo, mas, ao preço de geral a R$ 5, claro que vai cair, com ingresso médio de R$ 20;

7) São tão inocentes que acreditam que alguém vai pagar 30% da despesa a troco de “naming rights” (75 milhões) e ainda de um estádio que sequer foi construído. Portanto o que sobrar, acima dos 10 mil pagantes, vai pagar luz, porteiros, manutenção, conservação, impostos, etc;

8) Investidor e bancos exigem “garantias reais”, não adianta só papel. Vão destruir o estádio antigo, para evitar que uma diretoria posterior denuncie o contrato e volte a jogar no antigo e a coisa vai parar no tribunal e assim colocar o investimento em risco;

9) Mas, assim, qual é a garantia real exigida? Claro que será o terreno do estádio antigo onde seja construído o novo, assim, clube e torcida ficam amarrados aos 30 anos.

O que se conclui, é que tem gente delirando, e que estão iludindo os torcedores pelo Brasil. Nada como assistir de cadeira, vou aguardar. O fato e a realidade é que devemos entender a competência e oportunidade da diretoria do CAP em construir a Kyocera Arena, que após 10 anos, nenhum clube conseguiu imitar.



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