O Atlético em 2007
Definitivamente, não consigo ser pessimista com o Atlético.
Apesar de todos os desencontros de 2006, dos resultados negativos, dos jogadores sem personalidade e vontade, o Atlético me enche de esperanças. E não estou falando somente do novo ano que se aproxima, mas do seu futuro como instituição, como estrutura futebolística e como “marca” no cenário nacional, como preferem definir nossos dirigentes. De todas as notícias que estão sendo veiculadas pela imprensa, duas me trouxeram ânimo redobrado para 2007: a primeira, que nossa diretoria estuda a implantação de nova modalidade de pacotes para ingressos antecipados, que possibilitará um crescimento no número de associados. Uma excelente iniciativa para a antecipação de receitas do clube, visto que a atual proposta não encontrou receptividade junto a massa atleticana. A segunda, como não poderia deixar de ser, é a conclusão da nossa casa, o temido Caldeirão do Diabo, a Kyocera Arena. Neste aspecto, nada – repito – nada é tão significativo para o nosso futuro, quanto a colclusão do nosso estádio. E não pensem que somente os atleticanos estão ansiosos para vê-lo concluído. Acessando os principais sítios da imprensa esportiva nacional, nos deparamos com matérias diárias e comentários de importantes jornalistas ligados ao futebol, que aguardam ansiosamente pelo início das obras daquele que já é, mesmo incompleto, o melhor e mais moderno estádio das Américas.
Para nós, fanáticos, a Arena não é apenas uma obra física. Há uma aura “paranormal” na sua relação com a torcida. A simbióse entre um e outro é um capítulo a parte de sua história. Ali, somos mais fortes, imbatíveis e temidos que qualquer outro. No Brasil, nenhum outro estádio de futebol reflete tão intensamente o próprio clube como o Caldeirão da Baixada. Ele, por sí só, é o Atlético. A nossa cara e as nossas emoções. Qualificá-lo como um solo sagrado não seria exagero, já que muitos, em testamento, pediram para que depois de mortos, seus corpos fossem cremados e os restos mortais fossem espalhados pelo estádio. Pergunto: onde já se viu isso? Somente a Bombonera, na Argentina, desperta tamanha paixão de sua torcida. E olhe que lá, os “boquenses” estudam a possibilidade de construir um novo estádio para o Boca, deixando a Bombonera para jogos regionais e de menor porte.
Portanto, temos a nossa frente um grande desafio. Nada é mais prioritário que a conclusão da nossa casa. Mãos à obra, porque o resto já está escrito.