17 jan 2007 - 23h04

Foi de irritar

A mística do Caldeirão da Baixada parece estar cada vez menos intensa. Mesmo jogando em casa e com o apoio de sua torcida (ainda que em pequeno número), o Atlético perdeu para o Rio Branco de Paranaguá por 1 a 0, neste quarta-feira à noite. O primeiro jogo do ano em casa irritou o torcedor atleticano, que se viu impedido de entrar nas arquibancadas portando bebidas e comidas (até os picolés foram vetados) e ainda assistiu a um espetáculo de baixíssima qualidade técnica. "Nenhum time mais tem medo de jogar na Baixada. Todos vêm para cima do Atlético", resumiu o colunista da Furacao.com Juarez Villela Filho, chateado com a falta de vontade da equipe.

A equipe começou o jogo com a mesma formação que enfrentou o J. Malucelli. Porém, a atuação foi muito abaixo daquela da estréia. Jogando com três zagueiros (Alex, Erandir e Gustavo), a equipe perdeu força no meio-campo, que contava apenas com Evandro para armar as jogadas ofensivas. Além disso, os laterais tiveram muitas dificuldades. Rogerinho demonstrou habilidade, mas chega pouco à linha de fundo e não cruzou sequer uma bola. Já Beto foi um dos piores jogadores da partida.

Para piorar, o time não expressava nenhuma vontade de vencer a partida ou de disputar as bolas com a garra que é característica do Atlético. Por isso, o gol do Rio Branco era só uma questão de tempo. Aconteceu aos 26 minutos, quando Lucio Flavio aproveitou uma cobrança de falta e cabeceou para o gol, encobrindo Vinicius. A situação foi tão dramática que o atacante Jonatas chegou a tropeçar na bola em um lance no meio-de-campo.

Cerveja!

No final da primeira etapa e durante o intervalo, a torcida dedicou-se a gritar "cerveja", pedindo a liberação dos comes e bebes nas cadeiras. Muitos torcedores inclusive registraram queixas na ouvidoria que o clube disponibiliza dentro da Kyocera Arena. Os pedidos foram atendidos e o sistema de som do estádio comunicou que todos poderiam beber e comer durante a etapa final. Ao anúncio, seguiu-se uma comemoração – a única da torcida durante toda a partida.

Nem isso melhorou a situação do torcedor, que continuou se irritando com a ausência de perspectivas de o time do Atlético desta noite marcar um gol. Evandro e Welington arriscaram chutes fora da área, mas nada muito efetivo. Ricardinho entrou disposto no jogo, mas ficou muito isolado na ponta-esquerda. Com Kaio no meio, no lugar de Beto, a equipe também teve uma melhora, mas muito tímida para quem precisava pressionar o adversário.

O tempo passou e o Atlético não conseguiu criar uma chance de perigo à meta do time parnanguara. O jogo acabou com um passe errado do Rubro-Negro para a lateral. A torcida deixou o estádio com a certeza de que muita coisa precisa melhorar para o time B do Atlético poder representar o clube de modo digno no Campeonato Paranaense.

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