O maior atletiba
Não recordo-me qual o ano que foi esse atletiba, mas lembro que eu estava no bar perto da minha casa, tomando cerveja e com vários coxas tirando sarro da minha cara e dizendo que o meu furacão iria ser humilhado, e teria que pagar as cervejas que eu tinha apostado. Eu estava sozinho no bar contra 8 coxas e mais as rizadas chacotas etc.
Eram 16h00 de um domingo no pinheirão “eu acho”, quando o juiz apitou o inicio da partida e meus amigos coxas começaram a cantar e gritar que amavam o coxa, eu quieto só assistindo aquele jogo e sentia que o furacão não jogava bem. De repente o pior aconteceu, o furacão tomou o primeiro gol, nossa, os coxas pularam em cima de mim gritando e jogando cerveja. Mas eu estava ali com aquela minha risada debochada e com medo. De repente novamente os coxas fizeram o segundo gol! Nossa, pensei na hora em ir para minha casa, pois fiquei com medo de perder a cabeça e acabar brigando ou algo pior, sabe quando a gente bebe fica menos tolerante. Mas fiquei ali firme e forte torcendo para terminar o primeiro tempo, e parece que o arbitro escultou-me e nem deu acréscimos.
Fiquei ali no meio dos coxas, esses caras gritavam, cantavam, idolatravam esse timinho verde. Começa o segundo tempo, eu senti um frio na barriga, tipo uma aceleração no coração e fiquei ali só observando e sentindo que aquele time era outro com garra, vontade, brio na camisa rubro-negra. Foi quando começou a funcionar a artilharia rubro negra: 1, 2, 3, 4, 5, 6. Nossa fiquei doido, os coxas tentaram sair do bar antes de terminar o jogo, eu fui até o portão e bati o cadeado e falei: “eu agüentei vocês, agora vocês vão ter que agüentar um atleticano solitário e cuzido” porque essas alturas eu ja estava “legal”, mas acabamos no final bebemorando a vitória do furacão e saboreando minhas 18 cervejas que ganhei. Esse foi o melhor atletiba que eu vi.