Atletibas que a gente nunca esquece
Desde que a Arena foi inaugurada, em 1999, o Atlético já recebeu o Coritiba 12 vezes. E a vantagem é toda atleticana: foram seis vitórias do Furacão, três empates e apenas três derrotas. Além disso, dentro da Baixada, o Atlético já conquistou dois títulos sobre o maior rival, nos Paranaense de 2000 e 2005.
Neste domingo, às 17 horas, a Kyocera Arena será palco de mais um clássico Atletiba, ajudando a escrever a história desse tradicional encontro que reúne os dois principais clubes do futebol paranaense. E para dar um aperitivo aos torcedores atleticanos nessas poucas horas que nos separam do encontro contra o Coxa, a Furacao.com relembra alguns Atletibas disputados na Arena que entraram para a história. Confrontos especiais, que servem de aquecimento e inspiração para o clássico deste domingo. Vale a pena recordar esta história!
Atlético 1×2 Coritiba 28/11/1999
O Atlético foi derrotado pelo seu arqui-rival no primeiro Atletiba na nova Baixada, 2 a 1 para o Coritiba. O jogo era válido pela Seletiva da Libertadores, torneio que indicaria um representante brasileiro para o principal torneio do continente. Porém, ao apito final do árbitro Cláudio Vinícius Cerdeira, não se via no semblante dos atleticanos tristeza ou frustração, mas sim a alegria e vibração tão características. Explica-se: três dias antes o Furacão goleou o time alviverde no Couto Pereira, por 4 a 1, e na soma dos resultados, eliminou o rival. Esta classificação pode ter sido o ânimo necessário para o Atlético conquistar o torneio e se classificar, pela primeira vez na história, para a Copa Libertadores da América.
Atlético 3×2 Coritiba – 26/03/2000
O Rubro-negro, no início de 2000, já dava mostras que os demais países sul-americanos deveriam respeita-lo. Àquela altura, quatro jogos pela Libertadores, quatro vitórias. Este retrospecto poderia indicar que o Furacão estava priorizando a Libertadores, deixando todas as emoções reservadas para o torneiro continental. Certo? Este Atletiba provou que não. O Atlético começou o jogo com tudo e aos 21 minutos, o placar já assinalava 2 a 0. Porém, permitiu a reação do rival ainda no primeiro tempo, que terminou em 2 a 2. A torcida do Coritiba ironizava as chances desperdiçadas pelo atacante Lucas e o jogo caminhava para seu fim. Terrível erro! Lucas mostrou porque a torcida atleticana guarda tanto carinho por ele. O jogo já estava nos acréscimos quando ele marcou o terceiro gol e selou a vitória atleticana.
Atlético 1×1 Coritiba 17/06/2000
Final do Campeonato Paranaense de 2000. Após empatar com o Coritiba por 1 a 1, no Couto Pereira, no primeiro jogo da final, bastava ao Atlético um empate para sagrar-se campeão. Mas nada para o atleticano parece ser simples, o jogo ficou para a história como um dos Atletibas mais emocionantes da Arena da Baixada. O Coritiba saiu na frente no início do segundo tempo. Mas o zagueiro Gustavo, herói do título, tratou de garantir o resultado que daria ao Atlético o primeiro de uma seqüência de três campeonatos consecutivos. Gustavo não conteve a euforia e tirou a camisa para comemorar o gol do título, atitude que lhe rendeu o cartão vermelho. Porém, a festa atleticana já estava pronta.
Atlético 1×0 Coritiba 26/10/2002
No passado recente, talvez nenhum jogador atleticano tenha causado sentimentos tão contraditórios na torcida quanto Kleber. O atacante maranhense, maior artilheiro da Baixada, era amado pela fartura de gols que marcava, muitos deles belíssimos. Mas havia também os que o odiavam por sua displicência e capacidade de errar gols incrivelmente fáceis de serem marcados. Neste Atletiba, válido pelo Campeonato Brasileiro, Kleber marcou o seu no primeiro tempo, gol que garantiria a vitória rubro-negra. Até aí, nada demais. Porém, o Incendiário tratou de tornar o jogo inesquecível com mais uma de suas façanhas. Na segunda etapa, contra-ataque atleticano. Kleber avança pelo meio e toca para David. O lateral avança pela esquerda e passa para o meio, na intermediária, em ótima posição para o artilheiro aumentar o placar. Mas… cadê o Kleber? Ele havia parado alguns metros atrás do lance, para resgatar sua correntinha de estimação. Algo que, definitivamente, apenas Kleber seria capaz de fazer.
17/04/2005 – Atlético 1 (4) x 0 (2) Coritiba
O ano de 2005 foi um ano histórico para o Furacão, com o vice-campeonato da Copa Libertadores. De quebra, recuperamos a hegemonia estadual sobre o Coritiba. E o maior personagem deste jogo final foi justamente um ex-alviverde: o atacante Lima. A torcida atleticana o recebeu com muita desconfiança. Não só pelo fato de ser um ex-jogador do maior rival, mas também por seu talento demonstrado até então não ser uma unanimidade. O Coritiba havia vencido o primeiro jogo por 1 a 0. O Atlético venceu pelo mesmo marcador na Arena, levando a decisão para a prorrogação, que terminou empatada sem gols. O título seria decidido nos pênaltis. E coube a quem cobrar a última penalidade? Justo ele, Lima. Penalidade convertida e festa na Baixada. E Lima sepultava, de uma vez por todas, a desconfiança da torcida atleticana.
10/07/2005 Atlético 1×0 Coritiba
Totalmente concentrado na final da Libertadores, o Atlético assustou seus torcedores no início do Brasileiro de 2005. Com equipes reservas e mistas, teve um péssimo início de campeonato: chegou até o Atletiba na décima rodada com apenas três pontos ganhos e nenhuma vitória. E o time misto foi mantido para o clássico. Uma atitude temerosa, analisando a posição crítica na tabela. Mas a história já provou que a lógica dificilmente se aplica em Atletibas. Gol de Evandro ainda no primeiro tempo e vitória dos reservas atleticanos sobre o time titular do Coritiba. A vitória na Baixada, somada com a vitória por 2 a 1 no Couto Pereira, foram as contribuições do Rubro-negro para o rebaixamento do grande rival a segunda divisão do futebol brasileiro.