26 fev 2007 - 10h50

Leia a primeira coluna de José Henrique de Faria

O professor José Henrique de Faria é um dos mais novos colunistas da Furacao.com. Professor universitário, economista com Doutorado em Administração e Pós-Doutorado em Labor Relations nos EUA, Faria tem uma longa trajetória de ligação com o Clube Atlético Paranaense. Seu vínculo com o clube surgiu nos anos 50, quando foi aos primeiros jogos no Estádio Joaquim Américo acompanhando seu pai.

"Não posso destacar a melhor lembrança que tenho dos primeiros anos como torcedor, mas vou destacar uma pelo que ela significou para mim. Foi o dia em que meu primo, Osley Silva, quarto-zagueiro do Atlético, passou em minha casa e me deu uma carona para ir ao jogo. Ele possuia uma Vespa. Minha obrigação, além de torcer, era cuidar da Vespa. Neste dia, lá no campo do tradicional adversário, terminado o jogo em que ganhamos de 4 a 3, eu entrei no vestiário (sem descuidar da Vespa), e a Rádio Marumbi reproduzia os gols. Foi quando o Alfredo, filho do grande Caju, berrou: ‘Desliga o rádio antes que eles empatem!’ Muita risada, muita alegria e um retorno na carona de uma Vespa, até o próximo jogo", conta o professor, que foi reitor da Universidade Federal do Paraná e atualmente é diretor geral da UniBrasil.

José Henrique teve também participação ativa na administração do Furacão. Ele foi presidente do Conselho Deliberativo e integrante da então Comissão Gestora entre os anos de 1995 e 1996. Acompanhou de perto a recente fase de transformação histórica pela qual atravessou o clube, que passou a ser uma das maiores potências do Brasil e da América do Sul. Ele lembra com emoção das conquistas do Campeonato Paranaense em 1970, quando foi a Paranaguá para assistir ao jogo decisivo, e também da classificação para a Série A em 1995, obtida após uma vitória sobre o Mogi Mirim.

Enfoque

José Henrique de Faria revela que aproveitará as noções obtidas do tempo em que jogou futebol como goleiro para analisar o aspecto tático do Atlético em suas colunas. "É uma posição privilegiada para fazer a leitura do jogo porque o goleiro tem obrigação de orientar a defesa, a zaga, os volantes e quem volta para marcar. O goleiro deve ter um olho na bola e outro na jogada, especialmente na jogada futura, ou seja, nas possibilidades de jogada, para fazer a orientação sobre quem está desmarcado, quem entra pelo flanco, pelas costas, quem se deslocou etc.", observa.

Contudo, a análise tática não será o principal tema de seus artigos: "Meu enfoque será um tipo de comentário mais filosófico, mais político, sociológico, enfim, olhar o jogo não em si mesmo, mas em seu contexto e em suas circunstâncias, tirar do jogo não a descrição do que foi, mas explorar os detalhes que muitas vezes não são falados, que ficam dormindo nas palavras, que somem como se não tivessem importância, mas que são relevantes se forem lidos de forma adequada. Um enfoque que se pretende diferente, que seja bom de ler, que seja polêmico, crítico, bem humorado, sincero, que diga o que tem a dizer, que não personalize e não pessoalize as avaliações, que seja independente, ousado, mas sempre voltado para construir o Atlético Paranaense, porque eu, como todos os atleticanos, também quero e mereço um Atletico vencedor".

Em sua primeira coluna na Furacao.com, José Henrique de Faria escreve sobre um recente problema que certamente vem inquietando toda a nação rubro-negra: as bolas alçadas na área. Clique aqui para ler a coluna na íntegra.



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