13 mar 2007 - 0h01

Lance! faz avaliação dos estádios brasileiros

Em novembro deste ano, a Fifa irá divulgar o país-sede da Copa do Mundo de 2014. Candidatos a sediar o evento futebolístico mais importante do planeta, Brasil e Colômbia têm uma agenda de obrigações a cumprirem até lá. Em setembro, delegados da entidade visitarão as cidades-sede indicadas por cada um dos países, para avaliar a situação dos possíveis estádios que serão palco dos jogos do mundial. E, para preparar os torcedores de como será a criteriosa avaliação da Fifa, o Lance! fez uma pesquisa nos principais estádios brasileiros.

A pesquisa do Lance! avaliou todos os estádios que receberão jogos da primeira divisão este ano, além de praças localizadas em cidades-chave, como o mane Garrincha, em Brasília. Na avaliação, a Kyocera Arena foi escolhida como o estádio pronto que mais próximo do padrão-Copa exigido pela Fifa. No entanto, o estádio atleticano ocupa o segundo lugar no ranking do jornal, atrás do estádio João Havelange, que sequer existe ainda e está sendo construído no Rio de Janeiro, para os Jogos Pan-Americanos.

Como o estádio carioca ainda não saiu do papel, para efeitos práticos a Kyocera Arena continua sendo a principal referência no quesito estádio modelo para a Copa. Além da Baixada, Morumbi, Maracanã (após as reformas para o Pan), Mineirão e Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, são os mais próximos das exigências da Fifa. Os demais estádios precisariam de praticamente uma reconstrução. Estima-se que o Brasil necessite de 23 estádios com padrão-Copa para sediar o evento.

Kyocera Arena

A avaliação no estádio do Atlético foi realizada pelo correspondente do Lance! em Curitiba, Leonardo Fagundes. Alguns pontos precisam ser melhorados na Baixada para ficarem de acordo com as exigências da entidade máxima do futebol mundial. O primeiro deles é a capacidade. Apesar de a Copa do Mundo não exigir uma capacidade mínima de lugares no estádio, a média é de 45 a 60 mil lugares – hoje, a Arena tem capacidade para 25 mil pessoas, todas sentadas.

Outro aspecto que precisa ser melhorado é na área para imprensa. “Atualmente, há 22 cabines de imprensa com toda comodidade para conexão à internet, necessitando de poucos ajustes para ficar como a Fifa quer. No entanto, na Arena ainda não há um Centro de Imprensa com acomodações para 300 equipes de mídia. Além disso, também não há no estádio um Centro de Conferência de Imprensa com 100 assentos”, avaliou a equipe do Lance!.

De acordo com o diretor de Marketing do clube, Mauro Holzmann, o Atlético está fazendo estudos para garantir as áreas de imprensa no estádio dentro das exigências da Fifa. “Essas adequações estarão nos projetos. Hoje, estamos na fase de estudos, mas, com certeza, nosso estádio terá toda a estrutura para a imprensa. Essa parte que falta ser concluída nos beneficia, pois bastará estar no projeto”, disse, em entrevista ao Lance!. Para a Zona Mista, que hoje se situa no gol de fundos do estádio, uma das possibilidades é levá-la para o centro do gramado, junto com o centro de imprensa e de conferência.

Itens como a colocação de placares eletrônicos e sistema de som para fora do estádio também precisam ser implantados para ficar nas normas da Fifa. O estacionamento é outro quesito que merece atenção do Atlético, já que a Federação Internacional exige 500 vagas para ônibus. Na avaliação do Lance!, outro aspecto que precisa ser melhorado na Arena são os sanitários, já que não há água quente, que é uma exigência da Fifa.

Agora, para adequar a Kyocera Arena no padrão-Copa o Atlético aguarda a definição se haverá ou não financiamento federal para os estádios brasileiros ou a ajuda de algum investidor. “Estamos aguardando algumas definições. O próprio governo federal ainda não decidiu se haverá alguma linha de financiamento especial aos clubes. Ninguém sabe se haverá ajuda ou não, então ainda estamos aguardando”, disse Holzmann. “Vamos buscar, além de investidores, patrocinadores e operadores também. Estamos buscando esses patrocínios para o Kyocera Arena, não apenas para conclusão da parte que ainda falta, mas para exploração de espaços publicitários no estádio”, completou.

Clique aqui e confira o levantamento feito pelo Lance! sobre os estádios brasileiros para a Copa do Mundo.

Confira os pontos fortes e pontos fracos da Kyocera Arena na avaliação das exigências da Fifa para sediar jogos da Copa do Mundo:

Pontos fortes:

– Cobertura
– Assentos individuais, com no mínimo 30 centímetros de comprimento
– Placas de publicidade não atrapalham a visão dos torcedores (precisa ser melhorado)
– Lanchonetes (precisa ser melhorado)
– Camarotes (precisa ser melhorado)
– Sinalização (precisa ser melhorada)
– Comunicação interna e externa do estádio (precisa ser melhorada)
– Campo
– Área para deficientes (precisa ser melhorada)
– Tribuna de imprensa (precisa ser melhorada)
– Sistema de vigilância com câmeras de fiscalização (precisa ser melhorado)
– Pronto socorro (precisa ser melhorado)
– Sistema de Transporte

Pontos fracos:

– Sanitário (precisa de água quente)
– Placar eletrônico
– Centro de imprensa para 300 profissionais
– Centro de conferência para a imprensa, para 100 profissionais e com tradução simultânea
– Zona mista para 200 jornalistas
– Estacionamento



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