Imprensa comenta saídas de profissionais do clube
De acordo com informação divulgada por diversos veículos de imprensa, o Clube Atlético Paranaense realizou nesta semana uma mudança significativa no departamento de futebol. Foram desligados do clube pelo menos seis profissionais, dentre eles o assessor executivo Antonio Carletto Sobrinho, o consultor técnico Borba Filho e o auxiliar técnico Nílson Borges. A notícia circulou nesta quarta-feira, primeiramente através da Rádio CBN e do programa Tempo de Jogo, da Rede Record. A Gazeta do Povo divulgou uma pequena nota dando conta das supostas saídas de Carletto e Borba Filho.
Nesta quinta-feira, a Tribuna do Paraná informou que Carletto, Borba Filho e Nílson Borges já não fazem mais parte do Atlético. A reportagem do jornal não entrou em contato com os profissionais, mas divulgou que Borba Filho tem uma proposta para ser técnico do Oriente Petrolero, da Bolívia.
O colunista Augusto Mafuz, também da Tribuna, afirmou que Nílson Borges irá se aposentar e confirmou que Borba Filho deverá retomar a carreira de técnico. Sobre Carletto, disse que o dirigente recebeu uma proposta para trabalhar no Coritiba. De acordo com Mafuz, outros sete profissionais deixaram o Atlético, além dos já citados.
A Furacao.com apurou que outras demissões foram efetuadas no departamento de formação de atletas. Os auxiliares Beto Médice e Nelson Candido da Silva, o Bugrão, foram desligados, assim como a auxiliar administrativa Glória Lamberti de Oliveira Gonçalves. As demissões teriam ocorrido como medida de reestruturação do departamento, atualmente comandado pelo diretor desportivo Marcos Moura Teixeira.
Até o momento de publicação desta nota, o Clube Atlético Paranaense ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o assunto.
Carreiras
As saídas de maior impacto são as de Antonio Carletto Sobrinho e Nílson Borges. O primeiro trabalhava no clube há pelo menos 17 anos. Em 1990, ele era diretor de futebol da equipe que foi campeã paranaense. Com a chegada de Mario Celso Petraglia à direção, passou a ter papel decisivo na contratação de atletas. Foi responsável pela indicação de diversos jogadores para o clube, exercendo uma função de observador e intermediário, aproveitando uma grande rede de contatos formada por olheiros e empresários. Passou alguns períodos afastados (especialmente entre 2001 e 2003), mas reassumiu o papel de responsável por efetuar contratação de jogadores diretamente ao lado de Petraglia.
Nílson Borges, por sua vez, competou em fevereiro 66 anos de idade, quase 40 deles dedicados ao Atlético. Em recente entrevista à Furacao.com, ele revelou que estava pensando na aposentadoria, mas ainda não havia tomado a decisão. "Já está na hora de eu dar uma parada, mas não tem jeito. Quando você está no meio, é difícil abandonar de vez", afirmou. A última função de Nílson no Atlético foi a de auxiliar de Ivo Secchi, que comandou o time B no Campeonato Paranaense.
A saída de Borba Filho também foi surpreendente. Ex-técnico do Atlético em décadas passadas, Ronaldo Augusto Borba, o Borba Filho, foi contratado pelo clube em janeiro de 2005, às vésperas da Libertadores, para prestar consultoria internacional ao Furacão. Na época, o presidente Fleury explicou que a função dele seria a de "examinar nossos adversários e também o mercado da América do Sul, funcionando como consultor técnico da nossa diretoria". Borba Filho acabou assumindo a direção do time de modo interino após a demissão de Edinho Nazareth. Depois, fez diversas viagens a países da América Latina para indicar a contratação de jogadores e avaliar adversários do Atlético na Libertadores e Copa Sul-Americana. No ano passado, também chefiou a delegação do time júnior na Copa Saprissa, conquistada pelo Rubro-Negro na Costa Rica.