Edilson Thiele esclarece questões do Dossiê Dagoberto
A Furacao.com recebeu, através de seu formulário de contato, uma mensagem do médico Edilson Thiele, que chefiou o departamento médico do Atlético por dezesseis anos. Atualmente, Thiele não faz mais parte da direção do clube, mas continua um torcedor apaixonado. Seu desligamento ocorreu na mesma época do episódio da grave contusão do atacante Dagoberto, em outubro de 2004.
No último domingo, a Confraria Esquadrão da Torcida Atleticana distribuiu na entrada da Kyocera Arena um jornal intitulado "Dossiê Dagoberto", relatando diversos episódios da carreira do atleta. Em algumas passagens, o nome do Dr. Thiele foi referido. Em virtude disso, o médico redigiu uma carta a Doático Santos, presidente do ETA, esclarecendo alguns pontos que constaram do material distribuído pela Confraria.
Na mensagem encaminhada à Furacao.com, Edilson Thiele solicitou a gentileza de que o site, que é inteiramente dedicado à cobertura do Clube Atlético Paranaense, promovesse a divulgação do conteúdo de sua carta para que a torcida atleticana seja esclarecida com relação a algumas questões da parte médica do caso Dagoberto. Confira o teor da correspondência, reproduzida fielmente abaixo:
Caro Doatico,
Como atleticanos de quatro costados que somos, fiquei emocionado ao ver sua colocação frente ao caso Dagoberto, pois entendo sua posição de sentir-se lesado como torcedor de um grande jogador como ele, porem cabe esclarecer alguns pontos equivocados na sua reportagem e que na verdade comprometem a idoneidade deste profissional e, porque não dizer do torcedor.
É preciso esclarecer em primeiro lugar que não operei o joelho do Gabriel filho do Ratinho, portanto, não posso tê-lo estragado como afirma sua reportagem!
Na verdade atendi o Deputado Ratinho Junior em meu consultório com diagnóstico de infecção na perna, resultando em internamento e, conseqüente cirurgia com acompanhamento de Infectologista e Cirurgião Plástico. Após, um mês de internamento, o paciente apresentou um quadro de excelente recuperação motivando ao recebimento de alta o que poderá ser confirmado pelo Deputado Ratinho Junior.
No que diz respeito ao episódio Dagoberto, é interessante esclarecer que à época na condição de Chefe do DM do Atlético o meu posicionamento era o de não permitir que pessoas estranhas ao CAP viessem a definir a forma e local de tratamento de jogadores que pertenciam ao clube.
Destaque-se que à época o nome do Departamento Médico do CAP tinha sido juntamente com o São Paulo e Cruzeiro referencia nacional, isto graças à luta que encabecei e, não permitiria em hipótese alguma que fosse maculado.
Por certo, que todos os jogadores eram operados pelo departamento médico e sem nenhum custo financeiro para o clube, pois o amor pelo Atlético era e sempre será maior que qualquer ganho financeiro.
É crível ressaltar que muitos jogadores foram operados nesta condição, destacando alguns como: Kleberson, Kely, Tuta, Reginaldo, Nem, Kita, Cocito, Andrey, Rogério Correia, Gustavo, Warley, Adriano Gabiru, Manguinha, e outros tantos de distintas equipes que tinham no DM do Atlético referencia e respeito. Jogadores que voltaram a jogar no clube, daí residir à razão da minha discórdia.
Registre-se que nos 16 anos frente ao DM do clube, procurei dar o melhor, ou seja, a mesma dedicação, atenção e amor que tenho pela minha família. As discordâncias sempre foram em prol do ATLETICO e tenho o maior orgulho de ter contribuído para a sua ascensão o Clube que eu tanto amo. Só não fiz mais devido a diferenças de opiniões que também respeito, pois o que seria do mundo se todos tivéssemos a mesma.
Com estas considerações solicito a Vossa Senhoria que possibilite a publicação da retratação no mesmo espaço e com o mesmo destaque, isto com base na Lei de Imprensa.
Espero que tenha esclarecido o equivoco e que o nosso time e o Vadão – grande amigo – siga o exemplo de John Wooden técnico da Universidade de UCLA nos EUA: Sucesso é o estado de espírito resultante da coincidência que você tem de haver se empenhado para ser o MELHOR que é capaz de ser"
Medidas cabiveis serâo tomadas se não for dada a resposta na integra.
Edilson Thiele