Patricia Bahr

Os presidentes do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, e do Conselho Gestor, João Augusto Fleury da Rocha, estarão nesta segunda-feira no Rio de Janeiro. Na pauta, a possível realização de jogos da Copa do Mundo de 2014 no Paraná, caso realmente o Brasil seja confirmado como país-sede do Mundial.

Petraglia e Fleury tentarão descobrir porque o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pulou o Paraná nas visitas feitas na semana passada no Sul do Brasil – quando esteve no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

"Eu e o presidente Fleury vamos até o Rio de Janeiro na segunda-feira para ver porque o Ricardo Teixeira não passou por aqui. Quando voltarmos poderemos dizer o que aconteceu", afirmou Petraglia na entrevista coletiva concedida no domingo, na sala de imprensa da Kyocera Arena.

Ausência de visitas no Paraná

Na semana passada, a Furacao.com noticiou as visitas feitas pelo presidente da CBF ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, quando conheceu os projetos desses estados para uma possível sede da copa de 2014, além de entregar o caderno de encargos da Fifa para sediar o Mundial.

Estranhamente, o Paraná ficou de fora das visitas – São Paulo e estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste também já receberam a visita de Teixeira. A ausência do estado na agenda do presidente da CBF ganha ainda mais interrogações devido ao fato de que a Kyocera Arena é considerada, até mesmo pela CBF, como o carro-chefe da candidatura brasileira à sede do Mundial.

Algumas hipóteses foram lançadas pela imprensa para justificar a ausência paranaense na agenda de Ricardo Teixeira. As duas hipóteses mais comentadas são: não houve um convite por parte do governador Roberto Requião; e uma suposta "briga" entre Ricardo Teixeira e o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Oinareves Moura.
Oficialmente, nenhuma das hipóteses foi confirmada por nenhuma das partes envolvidas.

Agora, Petraglia vai pessoalmente ao Rio de Janeiro tentar entender o motivo do "boicote ao Paraná" por parte da entidade. Mesmo não sendo oficialmente o representante do estado nessa questão – no início do ano o próprio Petraglia afirmou que o governador Roberto Requião estava liderando o movimento no Paraná – o presidente do Atlético tentará defender a causa paranaense e atleticana no evento futebolístico mais importante do planeta.

Na semana passada, em entrevista à Rádio Pública Alemã (MDR), Petraglia mostrou otimismo quanto à realização da Copa no Paraná. "Nós, pelo que representamos, pelo estágio que estamos, pela situação do nosso Estado do Paraná e pelo que Curitiba representa, modernidade, de uma cidade extremamente organizada, com toda infra-estrutura necessária, somados às condições do Atlético Paranaense com seu estádio particular dará, nós voltamos a dizer que acreditamos que uma sede será aqui na nossa casa", disse o presidente atleticano na oportunidade.