Jogada aérea não preocupa, Vadão?
O lance parece óbvio, mas vem causando verdadeiros pesadelos no sistema defensivo do Atlético há alguns meses. E depois de sucessivas falhas nesse tipo de jogada, muitos torcedores já criaram uma relação nada agradável: bola cruzada na área do Atlético é gol. Pode parecer exagero, mas não é. Na quarta-feira, na derrota por 3 a 1 para o Atlético Goianiense na Copa do Brasil, mais uma vez as bolas alçadas na área rubro-negra foram vilãs respondendo por dois gols do Dragão no jogo.
Ao final da partida, a afirmação do técnico Oswaldo Alvarez de que as bolas aéreas não são motivo de preocupação causou certo espanto. Aconteceu agora, nesses últimos jogos, contra o Cianorte e hoje (contra o Atlético-GO). Bola de cruzamento foi agora que aconteceu. Não é uma preocupação porque é algo que não vinha acontecendo. Daí vão falar dos jogos de 2006, mas em 2007 isso não vem acontecendo. Esse ano o aproveitamento nas bolas aéreas é muito bom, disse Vadão na entrevista coletiva após o jogo em Goiás.
Mas diferentemente do que se passa para o treinador, as bolas aéreas são motivo de preocupação – pelo menos para a torcida. E quem afirma isso são as estatísticas. A Furacao.com fez um levantamento dos gols sofridos pelo Rubro-Negro nesta temporada e constatou: bola aérea é sim um tormento. O Atlético realizou 28 jogos até agora no ano de 2007 e sofreu 37 gols. Destes, 12 foram de cabeça. Isso representa praticamente 33% do total de gols sofridos pelo clube no ano. Em outras palavras: de cada três gols sofridos pelo Atlético, um é de cabeça.
Se considerarmos que o clube tem priorizado a Copa do Brasil, atuando todos os jogos da competição com o time titular, a situação é ainda mais alarmante. Dos nove gols sofridos na competição em quatro partidas (contra Coxim, duas contra o Vitória e Atlético-GO), quatro gols foram de cabeça o que representa 44% do total de gols sofridos.
Este ano, ainda, em dois jogos o Furacão levou dois gols de cabeça: no empate por 3 a 3 frente ao Londrina e na derrota por 3 a 1 frente ao Atlético Goianiense. Esses foram os jogos em que as bolas aéreas mais resultaram em gols do adversário.
Diante dessas estatísticas, parece estranho que o técnico Oswaldo Alvarez considere despreocupantes as falhas cometidas pela equipe nas jogadas de bolas aéreas.
Confira as estatísticas de todos os jogos do Atlético na temporada e os gols de cabeça sofrido pelo clube em cada um deles:
– J. Malucelli 3 x 3 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético 0 x 1 Rio Branco: 1 gol de cabeça sofrido
– Iraty 1 x 2 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético 1 x 0 Portuguesa: 0 gol de cabeça sofrido
– Cascavel 4 x 3 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
– Londrina 3 x 3 Atlético: 2 gols de cabeça sofridos
– Atlético 5 x 1 Nacional: 0 gol de cabeça sofrido
– Paranavaí 2 x 1 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
– Atlético 2 x 2 Coritiba: 1 gol de cabeça sofrido
– Roma 1 x 5 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético 1 x 1 Adap: 0 gol de cabeça sofrido
– Coxim 2 x 5 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
– Atlético 4 x 1 Eng. Beltrão – 0 gol de cabeça sofrido
– Paraná 0 x 3 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético 3 x 0 Cianorte: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético 3 x 1 Dallas: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético 8 x 0 Iguaçu: 0 gol de cabeça sofrido
– Cianorte 1 x 3 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Vitória 4 x 1 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
– Atlético 5 x 0 Rio Branco: 0 gol de cabeça sofrido
– Paranavaí 1 x 0 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Dallas 0 x 1 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético 1 x 1 Paranavaí: 1 gol de cabeça sofrido
– Atlético 3 x 0 Vitória: 0 gol de cabeça sofrido
– Rio Branco 0 x 0 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Cianorte 4 x 4 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
– Paraná 0 x 0 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
– Atlético-GO 3 x 1 Atlético: 2 gols de cabeça sofridos
Total de gols sofridos: 37
Total de gols de cabeça sofridos: 12
Percentual: 32,43%