O Clube dos 13 celebrou nesta quinta-feira um acordo com a TAM, pelo qual a empresa será responsável pelo transporte de atletas, comissões técnicas e árbitros da Série A do Brasileiro até 2010. "Transportaremos entre 25 mil e 30 mil passageiros", disse Wagner Ferreira, vice-presidente de marketing da TAM.
Em troca, a empresa aérea terá o direito de estampar sua marca nas placas de publicidade dos estádios e poderá utilizar o logotipo oficial da competição em suas campanhas promocionais.
Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, afirmou que o acordo é muito válido, mas afirma que não vê problemas se os clubes decidirem fazer viagens próximas de ônibus. Na Série B, por exemplo, distâncias menores que 600 quilômetros são feitas por via terrestre. "Na Série B é assim e interessa à Série A, desde que esses processos não prejudiquem a equipe. Se a viagem é curta e econômica, não há motivos para não fazer", disse o cartola.
No evento que oficializou o acordo estiveram presentes, além de Fábio Koff, o ex-presidente do Internacional Fernando Carvalho e Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras. Após o encontro, Koff falou um pouco da pressão dos grandes clubes por uma maior participação nas cotas para televisão.
"É muito difícil administrar esse tipo de situação, sempre gera discussão. O Clube dos 13 tem procurado tratar isso respeitando o seu estatuto e conversando de maneira aberta com todos os clubes", disse Koff, que pretende marcar uma assembléia geral para a primeira quinzena de maio para debater a reivindicação.
Corinthians, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vasco formam o grupo dos principais clubes arrecadadores da entidade. Atualmente, cada um tem direito a quase R$ 20 milhões anuais. "Já existe um movimento forte dos clubes que recebem mais para mudar o esquema da divisão das cotas e eles devem apresentar alguns argumentos para todos os integrantes da entidade. Vamos abrir votação, como sempre, e ver o que é melhor para todos", acrescentou. Santos e Cruzeiro são os maiores interessados em entrar nessa "elite".
Outro projeto que Koff diz estar encaminhando é a transmissão do Campeonato Brasileiro na Ásia. Ele inclusive já viajou para alguns países do Oriente Médio, a China e o Japão para tentar vender jogos da competição que começa no dia 12 de maio. Para convencer os investidores, Koff adotou argumentos que julga convincentes.
"O Campeonato Brasileiro tem uma média de gols maior do que dos torneios europeus. Isso atrai a muitos. Além disso, no início do campeonato dez times têm condições de ser campeões, enquanto na Itália, Espanha e Inglaterra fica sempre entre 3 ou 4 equipes", diz, esperançoso. "A Liga Inglesa fatura US$ 175 milhões (R$ 350 milhões) só em Cingapura. Estamos trabalhando com empresas especializadas em mídia de lá, mas ainda não sabemos quando podemos faturar", explicou.