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3 maio 2007 - 12h02

Um barzinho, um Furacão

Ontem, a via sacra de todo atleticano foi combinar com os amigos de se encontrar em algum bar para assistir ao jogo do Atlético. Comigo não poderia ser diferente. Marquei com os amigos e me dirigi ao bar.

Chegando lá, a surpresa: no bar iria passar Atlético x Fluminense, São Paulo x Grêmio e Defensor x Flamengo. Me assustei pelo fato da parte reservada para os telespectadores do jogo São Paulo x Grêmio estar lotada e do meu lado do “estádio”, estar um grupo razoável de torcedores atleticanos, restando poucos gatos pingados para assistir o fiasco do Flamengo.

Minutos antes do jogo começar, já comecei a inflar o meu instinto de torcedor fanático, no exato momento em que começou a passar a incrível propaganda de um canal de esporte de televisão a cabo, que repinta um lance fantástico de um gol do Atlético, o qual eu presenciei ao vivo na Arena, e revivo os meus exatos pensamentos que acompanharam a mesma jogada tempos atrás: Dênis Marques dribla um, eu berro mentalmente: “paaassa”. Dênis Marques corta mais um, eu me esgoelo: “paaaaassa”. Dênis Marques dá uma meia lua, eu digo: “chuuuuuuuta”, e mais uma vez ele me escuta e faz o gol. Não me canso dessa jogada.

Tantas emoções e o jogo ainda nem começou. Alguns minutos depois o juiz apita e a bola rola. Começo a rezar um mantra “não podemos tomar gol antes dos quinze minutos, não podemos tomar gol antes dos quinze minutos”, mas infelizmente a zaga tomou mais um, dos incontáveis e infindáveis gols de cabeça sofridos recentemente.

Mas não me abato. O time estava jogando razoavelmente bem.

Logo em seguida o Atlético empata com um golaço do Nei. E que gol! Com o grito de gol, que se tornou uníssono com a manifestação de outros torcedores ali presentes, me juntei a alguns fanáticos no bar e a cada lance, cantávamos alguma canção do Furacão, como se estivéssemos na Baixada. E seguimos desta forma até o final.

O engraçado foi escutar um coxa-branca infiltrado, pupilo do Ari Toledo, dizer no intervalo, já caindo pelas segundas, que ao menos uma vez torceu para o Atlético… o Goianiense. Porém, logo após levar uma sonora vaia, calou-se e lembrou-se que o Furacão classificou-se em cima do Goianiense e o seu time foi desclassificado.

E após um segundo tempo que começou meio morno e foi esquentado, como boas oportunidades para os dois lados, conseguimos segurar um empate. Foi um resultado bom? Ao meu ver foi ótimo. Mas estou desacostumado a ter que jogar pra empatar nessa competição. Sempre tive que torcer para vencer por um placar considerável. E é o que vou fazer. Nada de retranca, buscar segurar o jogo, pois a vantagem que nos favorece é traiçoeira. O que se deve almejar em casa é sempre a vitória.

Enfim, um bom resultado, que dá um conforto ligeiro, mas que ainda não dá certeza da tão esperada classificação.



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