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10 maio 2007 - 20h15

Doze homens em procura de uma alma

Diz a Filosofia que o ser humano é o conjunto indissolúvel de corpo e alma. A atividade física do corpo apenas adquire sentido por meio da orientação fornecida pela alma. A alma confere finalidade e razão de ser para os esforços do corpo. A eliminação da alma produz a tragédia para a existência humana.

O Atlético, ontem à noite, foi um conjunto de corpos sem alma, sem função, sem finalidade. Não faltou esforço nem vontade, faltou consciência. Onze jogadores estavam presentes em corpo, buscando desesperadamente uma solução. Usavam as pernas porque não tinham alma. Foi trágico.

Mas havia um décimo-segundo homem à procura de uma alma: Vadão. O destino do jogo já estava definido antes de Evandro perder uma bola que não pode ser perdida. O resultado já era previsível antes de Guilherme dar os dois passos para fora da linha da área. Tudo começou com a incapacidade de o técnico definir uma proposta, estabelecer um padrão, atribuir uma finalidade ao conjunto de jogadores.

O Atlético não tinha jogadas. E não as tinha porque iniciou o jogo sem centroavante, com Netinho improvisado. Isso permitiu que o Fluminense avançasse a defesa e esmagasse o nosso time. Sobravam jogadores do Fluminense para marcar Ferreira, Evandro e Alex. O Atlético foi comprimido contra o próprio campo e essa foi a razão pela qual Evandro perdeu a bola que não podia perder, um tipo de jogada que se repetiu outras vezes. O Atlético não tinha alternativa pelos lados, porque Nei é um lateral também improvisado. A única alternativa era Jancarlos, mas Jancarlos só é alternativa quando Deus o ilumina. E Deus não ilumina Jancarlos todas as noites.

O pior é que esse cenário é uma repetição contínua e permanente, o que torna o Atlético uma presa fácil de qualquer time aguerrido.

E é também fácil prever um grande sofrimento para o Atlético e para nós, torcedores, ao longo do campeonato nacional.

Para finalizar, só resta citar Cícero, o grande orador romano: “Quosque tandem, Vadao, abutere patientia nostra?” (Até quando, Vadão, abusarás de nossa paciência?).



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