Maior artilheiro do clube, Sicupira está de aniversário
Barcímio Sicupira Júnior. Ou simplesmente Sicupira. O eterno craque da camisa 8 está completando 63 anos de vida nesta quinta-feira. Em oito anos de Atlético, Sicupira marcou 154 gols, tornando-se o maior artilheiro da história do clube, marca até hoje inigualada. A partir do momento em que vestiu as cores rubro-negras, deixou a sina de que o craque do time seria o dono da 8.
Sicupira passou a infância dentro da Baixada, participando de torneios amadores promovidos pelo Atlético. Porém, por influência paterna, afastou-se do clube, iniciando a carreira profissional no Ferroviário. Em 64, foi jogar no Botafogo, no super-time que contava com estrelas como Garrincha, Didi, Zagalo e Nilton Santos. E, convivendo com tantos craques do futebol brasileiro, Sicupira foi logo aprendendo as lições e os atalhos para se consagrar como um dos maiores jogadores da história do Atlético.
Em 1966, transferiu-se para o Botafogo de Ribeirão Preto. Dois anos depois, um médico torcedor do Coritiba fez o convite para que ele voltasse para a capital paranaense. A proposta tentadora motivou o jogador. Mas, como o grupo coxa-branca estava muito envolvido com a disputa do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, não deu importância ao projeto de craque. Certamente, arrependeram-se anos depois…
Seu passe acabou sendo adquirido pelo atleticano Airton Araújo, que o doou para o clube. Com a camisa atleticana, Sicupira viveu a glória no esporte. Acostumado aos grandes times, manteve a tradição integrando a "seleção" montada por Jofre Cabral e Silva, ao lado de Djalma Santos, Bellini, Zé Roberto, Nilson, Dorval. Um timaço.
Logo em sua estréia no Atlético, deu o cartão de visitas para o torcedor, deixando a certeza de que ali nascia um dos maiores craques da história do clube. Era o dia 2 de setembro de 1968, num jogo contra o São Paulo, na Vila Capanema. Sicupira marcou, de bicicleta, o primeiro dos 154 gols que marcaria com a camisa atleticana, garantindo o empate por 1 a 1. E essa foi apenas a primeira pirotécnica protagonizada por ele, especialista em fazer jogadas que chamavam atenção da torcida: gols de voleio, peixinho, calcanhar, bicicleta, sem-pulo, virada, de cabeça, perna direita, esquerda… Tudo parecia muito simples quando caía em seus pés.
Apesar dos muitos gols que marcou pelo Atlético, Sicupira conquistou apenas um título pelo clube, o Paranaense de 1970, quando marcou 20 gols e foi o artilheiro da competição. Em 72, repetiu a dose, marcando 29 gols e sagrando-se o principal goleador do Estado.
Naquele mesmo ano, o Atlético decidiu emprestar os gols do craque ao Corinthians, para a disputa do Campeonato Brasileiro. Retornou ao Furacão, onde encerrou a carreira em dezembro de 75. Depois que pendurou as chuteiras, decidiu exercer a profissão de professor de educação física. Em 78, teve uma meteórica passagem como treinador do Atlético, mas preferiu seguir a carreira de comentarista esportivo.
Atualmente, Sicupira trabalha na Rádio Banda B e na emissora de televisão CNT. Em 2003, emprestou seu nome para batizar um programa de escolinhas de jogadores chamado de "Projeto Sicupira". Foi eleito um dos 100 atleticanos do século passado pela Confraria do ETA. Em 2004, foi eleito também para a seleção dos melhores jogadores da história do Atlético organizada pela Furacao.com. Também foi homenageado na festa dos 35 anos do Título da Raça de 1970, comemorados em 2005.
A Furacao.com presta sua homenagem a Barcímio Sicupira Júnior, maior artilheiro da história do Atlético e ídolo da nação rubro-negra.