Quase
Um time com Alex Mineiro, Marcão, Alan Bahia e Ferreira não pode ser ruim. Ainda mais se conta com Denis Marques no ataque e Pedro Oldoni como opção. Ou se vê, esporadicamente, boas atuações do Evandro. Ou se tem um goleiro com as características do Guilherme.
O que falta, então? Falta criatividade no meio de campo e faltam jogadas pelas laterais. Falta proteção à zaga. Falta qualificação no banco de reservas. Falta técnico e falta técnica.
E o que sobra? Sobram quebradores de bola, autênticos pernas-de-pau. E sobra desorganização. Com a boa vontade dos crentes, Erandir, Netinho, Ricardinho, João Leonardo e Rogério Correia talvez fossem úteis. Poderiam ser aproveitados, como coadjuvantes ou reservas cativos, num esquema tático um pouco mais arrumado. Outros, como Michel, Cristian e Válber, parecem não ter jeito. Sobram, por fim, as incógnitas, como os colombianos que só treinam e os remanescentes do time B e dos juniores que desapareceram.
Aí está o nosso time quase-bom, quase-grande, que quase chega quase sempre. Um time treinado por um homem que quase gosta de vencer e dirigido por outro que se considera quase-deus.
De tanto quase, quase quero desistir, deixar em casa a minha cabeça inchada, gozar a paz dos quase-puros. Mas não consigo. Pago o preço de amar um clube e suas cores, e seu povo, e seus símbolos sagrados. Quase morro por eles, a quem dediquei e dedico quase toda a minha vida.