10 jun 2007 - 18h09

Terror na Arena

Pior partida dos últimos dez meses. Muito mal. Não jogou como gostaríamos. Nada deu certo. Não tem o que falar. Partida atípica. Não aconteceu nada. Não foi uma boa jornada. Atuação desastrosa. Não fomos bem. Não houve reação.

Pelas expressões utilizadas pelo técnico Oswaldo Alvarez na entrevista coletiva é possível que o torcedor atleticano tenha uma breve idéia de como foi a atuação do Atlético na derrota por 3 a 0 para o Goiás neste domingo à tarde na Kyocera Arena, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Para que se compreenda melhor, podemos acrescentar que Vadão não exagerou. Foi mesmo a pior partida do Atlético nos últimos tempos. Pior do que as derrotas para o Paraná e Fluminense, na Arena, e para o Vitória e o Atlético Goianiense, pela Copa do Brasil.

As equipes adotaram o esquema 3-5-2, o que fez com que o jogo começasse muito truncado. O Goiás adotou a postura de aguardar as investidas do Atlético para explorar os contra-ataques. E tudo o que o time de Bonamigo queria eram os erros cometidos pelo Furacão. A torcida começou a ficar apreensiva aos 12 minutos, quando Welliton barbarizou pela ponta-esquerda e cruzou rasteiro para Fabrício Carvalho. O atacante não se empenhou muito e chutou nos pés de Guilherme. No rebote, Paulo Baier fuzilou e Guilherme defendeu novamente. André Leone, aos 20, e Paulo Baier, aos 22, tiveram excelentes chances para abrir o marcador. O sinal de que o sistema defensivo estava frágil não foi suficiente para evitar o gol do adversário. Aos 24, em nova cobrança de escanteio, Amaral cabeceou a bola na trave e Paulo Henrique marcou no rebote.

Imediatamente, Vadão chamou Edno à beira do gramado e determinou a alteração no sistema tático para o 4-4-2, com Nei passando a atuar como lateral. O que já era ruim ficou ainda pior. Logo em seguida, o Goiás achou o segundo gol. Paulo Baier deu um bico para frente. A bola foi para o outro lado do campo, onde só estavam Danilo, Guilherme e Welliton. O atacante esmeraldino ganhou de Danilo na corrida e aproveitou a indecisão de Guilherme, que quis sair do gol mas acabou ficando no meio do caminho. Mais esperto, o jovem Welliton escapou da falta do goleiro e tocou para o fundo do gol.

A torcida se irritou e passou a vaiar alguns jogadores como Alan Bahia, Erandir e Evandro. Outros escaparam das cobranças porque mal tocavam na bola, caso de Denis Marques. Nervoso e desorganizado, o Atlético tentou diminuir o marcador na base do abafa. Não funcionou. A única chance efetiva foi aos 44. Edno cobrou falta no travessão, Evandro mandou o rebote novamente no poste e Alan Bahia, livre, chutou torto para fora.

Samba do crioulo doido

O time voltou para o segundo tempo com Netinho e Tiago nos lugares de Evandro e Alan Bahia. Melhorou, mas só nos primeiros minutos. Nei passou a ser mais acionado na esquerda, contando com o apoio de Edno e Netinho. Denis Marques apareceu mais, mas errou muito. Tiago, mais uma vez, quase não participou do jogo. Netinho arriscou um chute de fora da área aos 12 minutos, mas Harlei fez boa defesa e mandou para escanteio. Aos 21, João Leonardo se viu na cara de Harlei após uma cobrança de falta, mas perdeu o tempo da bola e acabou se chocando com o goleiro. Deixou o campo com suspeita de fratura.

Atônito, Vadão demorou alguns minutos para decidir o que fazer em função da lesão do zagueiro. Acabou gastando a última substituição com o colombiano Dayro Moreno, que nada fez. Ao contrário, foi o Goiás quem passou a ser mais perigoso. Não fossem as defesas do goleiro Guilherme, a derrota poderia ter sido ainda mais desastrosa. Paulo Baier, Elson e Welliton passearam no jogo e desperdiçaram várias oportunidades. O Atlético vivia de lances esporádicos, como um chute de fora da área de Edno aos 40 minutos. Jogando com quatro atacantes, a equipe ficou completamente bagunçada e não ofereceu qualquer perigo ao Goiás.

Irritada e sem saber o que fazer, a torcida atleticana passou a gritar olé nos toques de bola do Goiás e a pedir a saída do técnico Vadão. O tiro de misericórdia veio aos 44 minutos. Mais uma vez Welliton fez boa jogada e cruzou para Diego fazer o terceiro gol. Fim de uma jornada lamentável.

%ficha=570%



Últimas Notícias

Futebol

Todos os goleiros do Furacão

Uma viagem pela história de todos que defenderam a meta do Club Athletico Paranaense em seus cem anos No centenário do Club Athletico Paranaense, é…

Sul-Americana

Que preguiça, meu Furacão!

No lendário estádio Centenário, em Montevidéo, Danúbio 0 x 1 Athletico. Cuca escalou o time praticamente reserva para a partida, poupando a maioria dos jogadores.…