Sócio furacão: evolução da torcida ou do clube?
Li diversas matérias sobre o plano sócio furacão, a maioria delas reclamando do atendimento, do serviço, do descompromisso com o cliente, e principalmente dos preços.
Ápós reflexão, e discussão, cheguei a duas conclusões:
A primeira se dá a um problema crônico existente no Brasil em qualquer setor econômico quando dada a relação de consumo: o atendimento pós-venda. o fornecedor de produtos e serviços é acostumados a relaxar após receber o pagamento, ou fechar o negócio, e não se vê na obrigação de garantir mais nada ao consumidor.
O atendimento prestado ao sócio na arena da baixada é lamentável e toalmente superficial. Não há preocupação em garantir a satisfação do consumidor, não há empenho em melhorar. Se os ingressos não chegarem, ainda tem a coragem de dizer, de algum modo,que a culpa é nossa.
E a segunda conclusão se dá logo depois da primeira….logo após eu escrever um monte de baboseiras sobre relações de consumo percebi que não estava mais tão preocupado com torcer e gritar e pular, como sempre fiz…e sim com os serviços oferecidos pelo meu clube do coração. Estava mais exigente com o clube, com serviços e com o time e deixei de torcer. Afinal os preços exorbitantes tendem a fazer isso com o torcedor.
Mas peraí? não era isso que a diretoria queria? que eu consumisse o atlético?
Fica visível que o torcedor fez seu papel frente a diretoria e está bancando e consumindo o clube, seja sendo sócio, seja indo ao jogo, simplesmente. O problema é que o clube não evoluiu tanto assim….nos preparou pra uma coisa que não cumpre, não atende bem o sócio torcedor, não atende bem os estudantes, não faz seu papel de fornecedor. Houve uma inversão de valores. O torcedor está evoluído, o clube não.
O clube, aparentemente, e, gradativamente, está se dando conta desta crise. Está fazendo esforços, finalmente. Renovou com nosso ídolo, demitiu o falso técnico, e prometeu reforços.
Veremos se finalmente a diretoria terá como prioridade ganhar títulos ao invés de ganhar torcedores…