14 jun 2007 - 15h42

Torcedor analisa jogo-treino contra o Iguaçu

O torcedor atleticano Nicolau Hunhevicz Junior compareceu ao Estádio Antiocho Pereira, em União da Vitória, e assistiu ao jogo-treino do time B do Atlético contra o Iguaçu, de União da Vitória. O time da casa venceu por 2 a 1. O Atlético jogou com a seguinte formação: Vagner; André Rocha, Léo (Rhodolfo), Rogério Corrêa, Gustavo e Chico; Valencia, Cristian e Kaio (Rogerinho); Válber e Dayro Moreno (Dinei). O Furacão foi comandado pelo auxiliar técnico Nilson Borges.

Leia a análise de Nicolau sobre a partida e os jogadores atleticanos:

Análise de Iguaçu 2 x 1 Atlético B
por Nicolau Hunhevicz Junior

Estive ontem no Estádio Municipal Antiocho Pereira, aqui em União da Vitória, para ver Iguaçu e Atlético.

Como havia lido na terça-feira, no site oficial, que o Atlético viria com um time formado por jogadores que não estavam disputando jogos oficiais, fiquei surpreso ao ver a escalação rubro-negra com Rogério Corrêa, os colombianos Valencia e Dayro Moreno, Válber, Cristian e André Rocha.

Confesso que fiquei entusiasmado a caminho do estádio, pois julguei que iria ver jogadores prontos para fazerem parte do elenco que entrará em campo no domingo contra o Fluminense, pois com a mudança no comando técnico, nada mais oportuno para alterações no sonolento time principal.

Porém, tão logo iniciou-se a partida, meu entusiasmo foi murchando. Empurrado pelo bom público que compareceu ao estádio, era o Iguaçu que mais procurava o jogo. Apesar de um elenco completamente novo, que se prepara para a disputa da Copa Paraná, o time de União da Vitória teve mais ímpeto na maior parte dos 90 minutos.

Minha curiosidade em ver atuando o volante Valencia não durou mais do que a metade do primeiro tempo. Com uma atuação discretíssima, não teria nem sido notado durante toda a partida não fosse suas seguidas tentativas de cavar faltas assim que lhe roubavam a bola. Aliás, nesse quesito cavar faltas e reclamar da arbitragem, seu conterrâneo Dayro Moreno foi mestre na noite de ontem. Por várias vezes, atirou- se no gramado discaradamente, desperdiçando jogadas que poderiam oferecer perigo contra a meta iguaçuana. E quando não tinha porque cavar a falta, pois já estava cara-a-cara com o goleiro do Iguaçu, ele simplesmente isolou a bola bisonhamente. Foram umas três chances claríssimas de gol jogadas pra longe. Para alguém que pleiteia a vaga no time principal, ficou devendo bastante.

André Rocha até que esteve bem. Dominou o meio-campo enquanto jogou. Mas, visivelmente irritado com provocações dos adversários, acabou expulso na metade do segundo tempo, após trocar socos e cotoveladas com o volante Ígor, do Iguaçu, que também foi pro chuveiro mais cedo. Por falar em expulsão e provocação, o zagueiro Gustavo mostrou destempero ainda no primeiro tempo. Após uma firula típica de boleiro feita por um atacante do Iguaçu, ele simplesmente “levantou” o adversário com um pontapé, bem na frente do bandeirinha. Vermelho direto. Se num simples amistoso o sangue ferveu assim, posso imaginar num jogo quente de verdade. Acho que não é por aí.

O único alento rubro-negro da noite foi a entrada do atacante Rogerinho no segundo tempo. Este sim encarnou o espírito atleticano que gostamos de ver. Foi ousado, partiu pra cima da defesa, driblou, abriu espaços, criou opções. Foi dele inclusive a jogada que originou o gol do Furacão. Após receber uma bola desviada de cabeça por Dinei, ele avançou com velocidade e tocou para o mesmo Dinei no meio da área. O volante Bruno, do Iguaçu, foi tentar cortar e jogou contra o próprio gol.

Os demais jogadores atuaram dentro de uma normalidade, mas nada que mereça algum destaque. Apenas considero reflexo de um time sem comando nos últimos dez meses.

Os gols do Iguaçu foram de Adãozinho, após fazer boa jogada pela direita, em cima de Chico, e chutar de fora da área. Pra mim o goleiro Vagner foi tarde demais na bola. E o segundo, já no finalzinho, uma bola nas costas de Rogério Corrêa, que quando se virou pra correr, o atacante Mirandinha já havia passado fazia “uma semana” para desviar de Vagner e dar a vitória ao time de União da Vitória.

Como destaque positivo, os mais de 200 alunos da Escolinha do Atlético em Porto União estavam presentes. Teve um jogo preliminar com alguns alunos e também um no intervalo, com outros. Nas arquibancadas, as famílias aplaudindo seus pimpolhos. Essa jogada de marketing do clube parece estar realmente funcionando. O que precisa voltar a funcionar urgentemente é aquilo que se pratica dentro das 4 linhas. Aí retomaremos nosso verdadeiro caminho.

Nicolau Hunhevicz Junior
Atleticano de União da Vitória



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