Há 62 anos, Concórdia passava a ser do Atlético
A Segunda Guerra Mundial trouxe conseqüências na lista de patrimônios do Atlético Paranaense. Há 62 anos, no dia 22 de junho de 1945, portaria do Secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública transferia o patrimônio do Clube Concórdia para o Atlético.
Segundo conta o livro com a história do clube, naquele dia desceu do mastro a bandeira da Sociedade dos Cantores Alemães, subindo outra, com as cores rubro-negras. Em troca, o Atlético ficava comprometido a dar refúgio à Liga da Defesa Nacional e à filial paranaense da Cruz Vermelha Brasileira.
Relembre como foi o período em que o Atlético foi proprietário do Clube Concórdia, em texto extraído do Hot Site dos 80 Anos do clube, produzido pela Furacao.com em 2004:
Clube Concórdia
Rua XV, Baixada do Água Verde (com o popular estádio Joaquim Américo e o velho Ginásio), PAVOC, Pinheirão, CT do Caju… A lista dos muitos patrimônios que o Atlético acumulou em oito décadas é extensa. O que poucos atleticanos sabem é que o clube também foi o proprietário’ do "Verein Deutscher Sängerbound", atualmente o conhecido Clube Concórdia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o interventor Manoel Ribas, seguindo determinação do governo Getúlio Vargas, desapropriou imóveis de origem alemã e italiana. Por esse motivo, vários clubes de Curitiba precisaram mudar de nome, com o Savóia se transformando em Água Verde, o Palestra, em Comercial, e o Livorno, em Dom Pedro II.
Seguindo portaria número 230, baixada pelo Secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública, de 22 de junho de 1945, o patrimônio do Clube Concórdia foi transferido, a título precário, ao Clube Atlético Paranaense. Nesse dia, desceu do mastro a bandeira da Sociedade dos Cantores Alemães, subindo outra, com as cores rubro-negras. Em troca, o Atlético ficava comprometido a dar refúgio à Liga da Defesa Nacional e à filial paranaense da Cruz Vermelha Brasileira. Por esse motivo, o Atlético fez pouco uso dos salões do Concórdia, usando apenas em situações especiais, para jogos de cartas ou jantares de gala.
Em 29 de outubro de 1945, num dos últimos atos do interventor Manoel Ribas, foi definido o requerimento devolvendo a sede social aos concordianos. No dia 31 de dezembro, a diretoria do Atlético assinou o termo, devolvendo o patrimônio aos proprietários originais.