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28 jul 2007 - 18h29

Aos que ainda têm esperança

Para quem ainda nutre alguma esperança em relação ao atual comando do nosso clube, sugiro a leitura de matéria publicada na Gazeta do Povo de sexta-feira. Ali, o presidente-fantoche, no papel que lhe cabe dentro da farsa chamada Caparanaense, dá a medida do que vem na seqüência. Diz a voz do dono, diretamente ou nas entrelinhas:

1. Se a Baixada esvaziou, pouco importa, o problema não é da direção. Que a torcida responda pelo fracasso de bilheteria. Afinal, as instalações do melhor estádio do Brasil estão disponíveis para aqueles que ainda têm um pouco de dinheiro e muito de paciência; os outros que se danem.

2. Se apenas 3500 “consumidores” [ou otários, como eu] se tornaram sócios, isso mostra a ignorância da plebe. Só mesmo os imbecis, que formam a maioria, não percebem as vantagens dos planos de adesão concebidos por executivos e cientistas que fazem plantão no melhor CT do País.

3. Por causa dos tais imbecis, que não entendem nada de modernidade, não haverá contratações (se tudo der certo, existirá algum time pior do que o nosso no campeonato que se arrasta).

Pronto. Agora não restam mais dúvidas sobre o que nos espera. O Atlético, como instituição, está em frangalhos. Não só pelo horror que seus jogadores e comissão técnica apresentam em campo, mas, principalmente, pela destruição da sua essência. Daquele clube que aprendemos a amar, com suas crises eternas, sua pobreza franciscana, sua resistência e suas cores fortes, não restou quase nada. Estamos, neste momento, submetidos a um regime totalitário. Um regime que, apesar da força aparente, está perto do fim, o melancólico fim reservado às ditaduras.

É só observar como anda o humor do presidente-fantoche. O prolixo cartola, bacharel engomado e autor de discursos cheios de firulas, não é mais o mesmo. Suas manifestações, hoje, além de despojadas de elegância protocolar, vêm acompanhadas de impropérios, rancor e agressividade – uma demonstração assombrosa de como as vozes do dono se colocam contra tudo o que possa contrariar o “sistema”.

O Atlético está muito doente. Imagino os olhos saltados do presidente-fantoche, contaminados pelo desequilíbrio do Grande Chefe, nos momentos em que desafia a torcida e maldiz a sua (da torcida) existência. Vejo-o cuspindo fogo diante de repórteres atônitos, como um Collor de Mello extemporâneo. Vejo-o sob as ordens de generalíssimos das republiquetas que envergonharam o continente americano há trinta, quarenta ou cinqüenta anos. Vejo tudo isso e me assusto ao imaginar o odor fétido do corpo exumado do Caparanaense, quando a verdade enfim triunfar.

Senhores, o Atlético, o nosso Atlético, o Atlético dos melhores dias das nossas vidas, o Atlético Paranaense fundado em 1924, o Atlético de Joaquim Américo e Jofre Cabral e Silva, o Atlético que é tudo e é eterno e é de todos, este Atlético precisa de nós como jamais precisou. Por isso, e para que não me acusem de pessimista, digo que nós, só nós e ninguém mais, seremos capazes de transformar em chama ardente o calor que circula em nossas veias – a chama que sepultará definitivamente a mentira do Caparanaense. Que assim seja.



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