29 jul 2007 - 19h14

Clube divulga nota repudiando violência gremista

A ação violenta dos jogadores Tcheco e Gavillán, do Grêmio, e a ação omissa do árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra foram repudiadas pela diretoria do Atlético. Em nota divulgada neste domingo no site oficial do Atlético, assinada pelo presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury da Rocha, o clube afirma que irá buscar na esfera judicial a justiça para os atos de selvageria protagonizados pelos atletas, com a conivência do árbitro, na partida entre Grêmio e Atlético, nesse sábado.

No texto, Fleury lamenta o episódio, que deixou o futebol de lado, e responsabiliza também a direção técnica do clube gaúcho. “O episódio revela a pior faceta da chamada "raça" no futebol. A pretexto de demonstrar autoridade em seu próprio estádio, os atletas gremistas cambiaram de modalidade, partindo do futebol para chegar ao pugilato. Essa atitude não deve ter sido por acaso, porém certamente respaldada pela direção técnica do time de quem lhes paga o salário para abstraírem-se de sua condição de seres humanos para, no dizer de Nelson Rodrigues, transmutarem-se em autênticas bestas-feras.”

Segundo a nota, o presidente do Conselho Gestor do Atlético afirma o desejo que todos os responsáveis pelas graves agressões a Alex Mineiro e Evandro devem ser banidos do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Fleury, que é advogado, garantiu que todos os envolvidos no episódio responderão na Justiça Comum pelos danos causados à integridade física dos atletas e aos danos materiais e morais causados às vítimas e ao Atlético. “Como intransigente defensor dos direitos do Clube Atlético Paranaense, adotarei pessoalmente todas as medidas necessárias para que Alex Mineiro e Evandro recuperem o quanto antes o seu bem estar físico, emocional e psicológico. E de outra parte, processarei pelos meios legais, toda a súcia de mal feitores que pretendem fazer do futebol um meio para extravasar o seu instinto animalesco”, afirmou.

Confira a íntegra da nota oficial assinada pelo presidente do Conselho Gestor do Atlético, João Augusto Fleury da Rocha:

Repúdio às bestas-feras

Ocorrência de lesões corporais em praticas esportivas invariavelmente está associada ao desrespeito à normas reguladoras da modalidade. No caso de ontem, em que atletas profissionais experientes provocam ferimentos graves em colegas adversários, identificam-se dois fatores imediatos para o fatídico resultado. O primeiro, a atitude agressiva e violenta dos jogadores autores das lesões. O outro fator foi a omissão da arbitragem em coibir e punir tais comportamentos.

O episódio revela a pior faceta da chamada "raça" no futebol. A pretexto de demonstrar autoridade em seu próprio estádio, os atletas gremistas cambiaram de modalidade, partindo do futebol para chegar ao pugilato. Essa atitude não deve ter sido por acaso, porém certamente respaldada pela direção técnica do time de quem lhes paga o salário para abstraírem-se de sua condição de seres humanos para, no dizer de Nelson Rodrigues, transmutarem-se em autênticas bestas-feras.

A selvageria instalada no espírito de tais indivíduos custou graves lesões a dois dos maiores craques do futebol brasileiro. Um, o artilheiro campeão, o outro, jovem convocado em todas as seleções de base em sua promissora carreira. Para recuperá-los, ambos tiveram que submeter-se a uma internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. De lá virão transportados em UTI Móvel Aérea para submeterem-se ao final a cirurgias reparadoras que permitam que voltem aos gramados em um prazo mínimo imprevisível. A dor e o sofrimento dos jogadores, suas famílias, amigos, torcedores não poderá restar impune. Todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para esse infeliz resultado serão chamados à responsabilidade, doa a quem doer.

O árbitro. Tíbio, omisso, indiferente à desumanidade que cambiava à sua volta será denunciado nos tribunais esportivos, igualmente os agressores, pela violência de seus atos, devem ser banidos do futebol. Outras pessoas ou entidades que de qualquer modo tenham relação com o episódio, igualmente pagarão por isso, responderão na justiça comum pelos danos causados à integridade física dos atletas e aos danos materiais e morais causados às vítimas e ao Clube Atlético Paranaense. Como intransigente defensor dos direitos do Clube Atlético Paranaense, adotarei pessoalmente todas as medidas necessárias para que Alex Mineiro e Evandro recuperem o quanto antes o seu bem estar físico, emocional e psicológico. E de outra parte, processarei pelos meios legais, toda a súcia de mal feitores que pretendem fazer do futebol um meio para extravasar o seu instinto animalesco.

JOÃO AUGUSTO FLEURY DA ROCHA
Presidente do Conselho Gestor do Clube Atlético Paranaense



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