Deprimente, assim posso classificar a entrevista dada pelo Mário Celso Petraglia à Tribuna e à Radio Banda B. Sinceramente fiquei enojado de tanta prepotência, arrogância, soberba, ignorância e idiotice. O que ele pensa que é? Sim, ele não só pensa como se julga o próprio Deus, o senhor onipotente.

Como atleticano sempre tive grande admiração pelo dito senhor, por ter encampado uma revolução, que mudou os destinos do Atlético. Ele merecia nossa respeito. Contudo, desde o título de 2001, acho que o poder subiu à cabeça deste cidadão. Lembram todos, que após o título de 2001, esse Ditador que pensa que se julga o próprio Deus, já no início de 2002, querendo impor seus pensamentos, não respeitando os demais diretores que participavam do mesmo projeto, que queriam um investimento pra Taça Libertadores colocou seu nome à prova.

Ele foi às rádios e jornais e ameaçou se retirar do Atlético campeão de 2001, já sabedor que haveria mobilização dos atleticanos para que ele permanecesse. E não deu outra. Muitas assinaturas foram colhidas na Boca Maldita e eu inclusive assinei e levei amigos para assinarem. O homem era importante, um ídolo, um ícone. Aí, mostrando sua força popular, o atual tirano mostrou suas garras afiadas e tratou de impor suas vontades e chegou a eleição como presidente e com o respaldo popular, acabou afastando todos os dirigentes campeões brasileiros Ademir Adur, Enio Fornea, Marcus Coelho, Valmor Zimmerman e outros) que tinham opiniões contrárias às suas no que tange a investimentos num time campeão. Todos foram embora e ele ao invés de manter Souza, já foi trazendo Wellinton Paulo e Fabricio. E os outros dirigentes? Nunca mais se ouviu falar deles.

Sem dirigentes de atitude, veio a pífia campanha na Libertadores, a demissão de Geninho, e mais os diversos medíocres treinadores que o sucederam, além é claro do último lugar na Copa dos Campeões lembram?

Para atingimento de seus projetos próprios e desprovidos de qualquer contraditório, o ditador constituiu uma diretoria omissa, inerte, que só serve de porta voz de seus pensamentos. Mostrando sua força, o tirano passou a tomar todas as atitudes contrárias ao atleticano de raiz, ao atleticano de pedigree, ao atleticano/atleticano. Pra ele nada mais passou a importar. Não precisaria agradar a mais ninguém, a não ser a si próprio. Mandou todos os funcionários embora, aqueles que tinham alguma raiz com as cores do clube, seja Edilson Thiele, seja o Bolinha, seja o Nilson Borges, mais manteve é claro o tal cientista russo. Em termos futebolísticos o clube virou uma anarquia e um balcão de negócios. Os atletas que se rebelaram contra o regime foram expurgados, ex-comungados e manobras foram feitas, é certo, pra que a opinião pública ficasse contra Dagoberto, Aloisio, Marcos Aurélio e outros. Diante das atitudes posteriores, começo a pensar se estes atletas não tinham razão. Começo a achar que sim.

O pior gente, que os atleticanos deram este poder a ele e agora ele se julga o próprio Deus. Foi de chorar a entrevista concedida à Tribuna e à Radio Banda B. O cara realmente se julga Deus. Desprezou todos os atleticanos, dizendo que nosso torcedor é uma falácia. Ora, pra não ser uma falácia, o torcedor tem que se sujeitar as determinações megalomaníacas deste tirano?? Quem ele pensa que é? Deus.

E o tirano ainda inventou este tal Paranaense. O que mais me espanta, é que há uma corja de alienados que querem dar razão ao tirano, que veem lucro nisto. Nem um time decente temos, estamos flertando com a zona do rebaixamento e querem acreditar em internacionalização da marca que ele inventou. Imaginem, imaginem. O cara tocou nossa torcida do estádio, proibiu nossos símbolos, nossa bateria, nossas músicas, nossas bandeiras, nossa caveira, proibiu a tudo e a todos, cobra o ingresso mais caro do Brasil, nos dá um time de terceira divisão, nos chama de consumidores, diz que somos uma falácia, quer trocar o nome de nosso time e ainda tem gente que apóia! Que brincadeira é essa? Isto mais me parece um cordão de puxa-sacos, de alienados, de gente que não tem compromisso com o Atlético, que tanto faz como tanto fez.

Na sua ridícula entrevista ele fala do CA Boca Juniores e do CA River Plate. Ignorante. Ninguém chama o Boca de Atlético porque ele é Boca Juniors, oras. Nem o River Plate de Atlético, porque ele é River Plate. O Atlético de Madrid não é chamado de Madrid, mas sim de Atlético. Veja lá se por acaso alguém vai chamar o Atlético Mineiro de Mineiro. Cala essa boca Petraglia, não diga mais bobagens. Tá certo que se julga o próprio ser onipotente, mas não diga tantas bobagens, só porque nas suas raras entrevistas ninguém vai questioná-lo.

Ele fala ainda de fortalecimento da marca internacionalmente. É um contra-senso, pois o time está despedaçado, flertando com a segunda divisão e ele vem falar em questões internacionais. Tem aí a sul-americana, mas pelo andar da carruagem o CAParanaense dele, não passará do Rio de Janeiro. Ele que trate de fortalecer a marca ganhando títulos nacionais e estaduais único meio de adquirir torcedores no Brasil, na América, na Europa ou nos Cafundó do Juda. A nossa marca é ATLETICO PARANAENSE, me orgulho disto, nos orgulhamos disto. Ele não.

Por que acham que a imprensa não entra no Caju? Ora, pra ninguém cobrar, pra ninguém pressionar, pra ele fazer o que bem entende, sem ser interrogado, sem ser questionado. E quando vai dar entrevista, absurdamente ela é cheia de regras, não admite questionamentos. O que ele pensa que é? Deus, eu creio.

Além de todas as barbáries cometidas em sua entrevista, a pior delas é que ele é Dono do Atlético. Isto é brincadeira. Atropelou a tudo e a todos. Disse que a segunda divisão não é nada e por aí vai. Ele não tá nem aí com o Atlético, pouco importa o que irá acontecer, desde que se atenda os seus projetos, seus anseios, suas ambições, seus interesses.

Não sou conselheiro, não tenho direito de voto, mas vivemos num regime democrático e ele não pode falar uma coisa destas. Cadê os conselheiros? Não creio que sejam tão frouxos que têm medo de se manifestar. O homem é dono do clube mesmo? Mas se ele é dono, o lucro é todo dele não? Aí vou calo a boca eu.

Mas se é assim, então ele que fique com a “porra” do CAPARANAENSE pra ele e pro Fleury, coloquem uma camisa amarela com cinza, uma melancia no pescoço e deixem o ATLETICO PARANAENSE para os Atleticanos dirigirem, garanto que surgirão nomes capazes de assumir a empreitada, mesmo porquê, o que está lá, ele não fez sozinho. E depois, se for o Atlético que tenha que cair para a divisão inferior, ele cairá, mas com certeza terá os atleticanos ao seu lado, seja na Arena, seja no Pinheirão se for o caso, mas cairá com dignidade ao lado de seus torcedores, que se esgoelarão de gritar, de torcer e de rezar, mas pediremos a DEUS e não ao ditador que dirige a farsa chamada CAParanaense.

PS – A propósito, gostaria de ver o “dono do Atlético”, ser entrevistado ao vivo pelo Augusto Mafuz. Será que ele topava?