Sempre se falou muito da prepotência do Petraglia, mas confesso que nunca tinha parado para ouvi-lo falar. Curiosamente prestei atenção à sua entrevista recente a uma rádio AM, depois estampada em todos os meios de comunicação.

É fato que a história tem registrado a passagem de ditadores de todas as espécies ao longo dos séculos, mas também é fato que alguns, pra sorte de algumas civilizações, foram reconhecidos como déspotas esclarecidos. Petraglia é realmente um déspota, mas infelizmente para a grande nação robro-negra, está longe de ser esclarecido. Fiquei estarrecido com sua ignorância em relação ao futebol, e vi o mistério vir à tona do porquê do Atlético estar nessa desastrosa situação.

Petraglia não deixa ninguém falar, se coloca sempre na condição de “agredido” e com isso é truculento com todos que fazem perguntas sobre o futebol atual do Furacão. Não sabe nada sobre craques e pernas-de-pau e consequentemente vai sempre confundir um e outro como farinha do mesmo saco. Além do mais, demonstrou que é mal assessorado nessa área e se deixa influenciar por um Vadão qualquer da vida. Suas respostas são sempre agressivas e incompletas e sua entrevista é caótica, irritante e termina quase sempre sem respostas. Sem o dom da oratória, e quase sempre confuso, ao final, Petraglia deixa claro que é um “estrangeiro” vindo de São Paulo e que vê o Atlético sem paixão, apenas como um bom negócio. Aos poucos deixa claro aos bons ouvintes, que está matando a mística e a paixão do verdadeiro torcedor que se afasta aos poucos do convívio com o clube. Uma lástima.

Não poderia deixar de protestar nesse momento, embora saiba que sem nenhum eco, a manutenção desse aprendiz de frangueiro que é o goleiro Guilherme. Ando impressionado com a regularidade desse rapaz em fazer lambanças em todos os jogos. E mais impressionado ainda com sua condição de titular absoluto. Mas esperar o quê de um técnico desatualizado e decadente? O pior é que o delegado deve estar vendendo o rapaz pro Petraglia como uma revelação, um bom investimento.

Ao final, reconheçamos, amigos, o frangueiro e o déspota fazem uma bela dupla, já que nada sabem de futebol.