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4 ago 2007 - 13h39

Reflexão

Temos um time que não é claramente a oitava maravilha do mundo, mas não é a pior. Um time razoável. Quem sabe com as contrações de Ramon, Antonio Carlos e o lateral-esquerdo Alessandro nossa torcida possa sorrir novamente.

Quando li a matéria sobre o Atlético Paranaense no site pele.net, vi uma parte que é importante ser lembrada. No site é importante citar um trecho da matéria, que o Atlético tem o modelo de gestão do São Paulo, como exemplo.

Até ai tudo bem. Se tiveram êxito lá, por que não copiarmos? Mas o São Paulo não fecha o CT para a imprensa e não explora a sua torcida na questão dos ingressos. A torcida não lota o Morumbi porque não quer.

Já nós, queremos ir à Arena, queremos ajudar o time, levar ele aos lugares mais altos da tabela, mas a cúpula atleticana não deixa, não quer ver a torcida apoiando o time, incentivando os jogadores. Poxa, se for assim é melhor não ter torcida. Lembro-me quando ia aos jogos na Baixada ou os via na televisão: os adversários temiam o Atlético e a sua torcida no seu “caldeirão”, mesmo no inverno curitibano. Hoje isso não ocorre, pois o nosso estádio está perdendo sua mística de “caldeirão” e está se tornando uma simples geladeira.

Sempre ouço e leio entrevistas das pessoas da cúpula atleticana, em que falam sempre que vão transformar o Atlético ou deixar o Atlético com o nível dos clubes europeus. Tudo bem, o projeto é lindo mas estamos na Europa? Já temos uma estrutura compatível aos grandes da Europa, como Barcelona, Real Madrid. Até aí lindo! Mas nós vivemos em um país de terceiro mundo e, na sua maioria, a população recebe um salário mínimo de 380,00 reais e com isto vive o mês. Então, pensando em torcedores do Atlético que vivem nesta situação, é justo cobrar-lhes 30 reais para ver uma partida do time?

Aliás, temos um time que não ganha nada desde de 2005, com título estadual conquistado sobre o frágil e na segunda divisão Coxa.

Este ano perdemos pro “café-com-leite” na Baixada, em um jogo, no mínimo confuso, que fora apitado por Heber Roberto Lopes, árbitro que sempre prejudica o Furacão. No Brasileiro estamos indo de mal a pior, com um time fraco e que afastado da torcida não consegue render o que se espera dele.

Algo precisa mudar para que não fiquemos chorando e nos tornemos um timinho que fica comemorando resultado positivo contra timecos que não têm a menor importância no cenário nacional.

Uma luz que entre na cabeça dos dirigentes do Atlético, para que reflitam sobre esta conduta inadequada que estão tendo com o apaixonado torcedor atleticano.



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