Pesos e critérios de arbitragem
Assistindo ao jogo no último sábado no Morumbi, naquele lance que resultou no primeiro gol do adversário, observei a semelhança com o lance entre Tcheco e Alex Mineiro – que resultou em várias fraturas em nosso craque – em que sequer foi marcada a falta, por ser um choque entre o defensor que pretende tirar a bola da área e o atacante que baixa a cabeça para tentar tocá-la.
Vejam, como disseram, “não foi falta porque o Alex baixou a cabeça e o outro jogador levantou a perna atingindo-o, sem querer”, naquele jogo do Olímpico.
No entanto, em lance semelhante, no Morumbi, com um trio de arbitragem de uma região onde só se vê futebol de segunda divisão, longe de qualquer preconceito, vem um Juiz de Futebol e dá falta usando de um critério totalmente diferente e que nos levou a pensar em duas possibilidades. Se utilizarmos o mesmo critério do último jogo, então houve penalidade quando o defensor chutou a cabeça de nosso atacante em cima da linha, praticamente. Se o critério é outro, vale aquele do jogo no Olímpico, então mais uma vez fomos roubados por estarmos diante de time “grande” que tem domicílio no eixo Rio-São Paulo.
E os comentaristas daquela região também procedem da mesma maneira, quando acontece um lance em que o prejudicado é o nosso time, o “pequeno”, nada dizem, como se fosse normal. No entanto, quando a mesma infração ocorre em prejuízo daquele, acham um absurdo, um erro grave de arbitragem, etc. etc.
Estamos cansados de ver comentaristas, cartolas, juízes e outros, só puxando para os times dessa região citada, como se os demais não existissem. Por que não criam um campeonato “brasileiro” só entre eles, então?
Por que os procuradores do STJD, que costumavam em outra época, apresentar denúncias em casos graves de agressão não estão mais agindo de ofício nestes casos como o do Alex Mineiro e do Evandro?
Está na hora de buscar critérios iguais e fazer valer para todos o princípio da isonomia no futebol.