20 ago 2007 - 17h37

Colunistas da Furacao.com avaliam a saída de Lopes

A demissão do técnico Antonio Lopes é a principal notícia do Atlético nesta semana. Com uma campanha ruim no Campeonato Brasileiro, a diretoria do clube decidiu reformular a comissão técnica e mandou embora Lopes, o auxiliar técnico Júnior Lopes e o diretor de futebol Oscar Yamato. A decisão foi acertada? Quais as perspectivas para o Furacão neste Brasileiro e para o próximo ano?

Estas são algumas das perguntas que os colunistas da Furacao.com se propõem a responder. Confira as análises:

"A decisão da diretoria foi acertada. Quando chegou, Antonio Lopes tinha aprovação da torcida porque o trabalho do Vadão foi muito fraco. O momento é de um fato novo no Atlético. Dos próximos cinco jogos, quatro serão fora de casa. Se não conseguirmos pelo menos sete pontos a situação vai ficar extremamente perigosa."
Sérgio Tavares Filho, 28 anos, é atleticano e jornalista.

"O Lopes faz parte da velha casta de treinadores que hoje não tem mais lugar no futebol brasileiro. Hoje, o técnico, além de conhecer de táticas e estratégias, tem que se dedicar a estudar os adversários de cada partida e apontar para os jogadores os caminhos da vitória. O alemão, nas poucas semanas que passou no comando, mostrou o que é ser um senhor treinador. Deu funções para todos os jogadores e fez esta base de hoje, desencantar."
Fernando Tupan é atleticano e jornalista.

"Lopes era uma boa, talvez a melhor opção para o delicado momento que o clube vivia. Entretanto, se mostrou extremamente pragmático, inobstante ter um elenco medíocre em mãos, mas ao menos colocou jovens para disputar posições e não criou, aparentemente problemas no elenco. Infelizmente não tinha mais coelhos na cartola, e como futebol vive de resultados, saiu antes que a barca afundasse definitivamente."
Juarez Villela Filho, 29 anos, é atleticano e funcionário público.

"Honestamente não acho que a culpa da nossa situação atual tenha sido do Lopes, embora ele tenha errado nos últimos três jogos. Acredito até em erro induzido. Afinal, como proceder com clareza tática tendo que improvisar constantemente com laterais, zagueiros e volantes oficiosos? O nosso problema vai muito além de um técnico, vai muito além de um ou outro jogador. Nosso problema é de identidade e não pelo nome ou preço de ingresso, mas por objetivos e prioridades não estabelecidos. Por tudo isso acho que o delegado pendurou a insígnia quando manteve a dupla de ataque completamente inoperante e trocou justamente aquele que tem (curiosamente) sido o único a jogar com vontade, a saber: Netinho. Ali ele jogou a toalha."
Fernanda Romagnoli, 33 anos, é atleticana e profissional em marketing.

"Lopes é um técnico querido e respeitado na nossa casa, tem grande experiência e competência, mas futebol é assim mesmo, às vezes um trabalho dá certo, outras não. A falta de resultados e a insistência em peças que não dão certo detonam qualquer técnico."
Juliano Ribas, 34 anos, é atleticano e publicitário.

"A contratação do meia Ramon, os ingressos mais baratos e, agora, a substituição do técnico Lopes , que apesar de toda sua experiência não vinha conseguindo obter resultados satisfatórios, aliadas à demissão do do Gestor de Futebol Oscar Yamato, são medidas muito necessárias, mas não suficientes. Exceto quatro ou cinco jogadores, a equipe é técnica e individualmente muito fraca e não há treinador capaz de fazer milagres. Se o objetivo for fazer ainda um bom campeonato é preciso mudar de atitude, montando uma verdadeira equipe. Mas, se for apenas para não ‘cair‘, então ainda há algumas medidas que devem ser tomadas até dezembro, iguais a essas que foram adotadas."
José Henrique de Faria é atleticano e economista.

"Com um elenco bem diferente – inferior – daquele que tinha em 2000 e 2005, Lopes não conseguir repetir as boas campanhas e a diretoria não tinha outra alternativa senão alterar o comando técnico. Mesmo considerando a fragilidade do time, o fato é que as escalações e as substituições feitas pelo Delegado vinham sendo equivocadas para a imensa maioria da torcida, e isso o torna também um responsável pelo mau rendimento do Clube neste Brasileiro."
Ricardo de Oliveira Campelo, 27 anos, é atleticano e advogado.

"Estava muito claro que Lopes não estava conseguindo melhorar o padrão de jogo do time e andava inventando demais. Desta vez, o desempenho dele foi muito diferente de sua última passagem, quando também pegou um time desacreditado e conseguiu chegar à final da Libertadores. Ainda tenho esperanças de que o problema tenha sido realmente o treinador e não a falta absoluta de qualidade no elenco. O tempo nos mostrará a verdade."
Sergio Surugi, 49 anos, é atleticano e professor.

"Aceitar a saída do Lopes é fácil, difícil é aceitar que alguém tenha ido buscá-lo – uma vez mais – como se nele estivesse alguma solução para o Atlético. O Lopes, quando passou por aqui, não acrescentou rigorosamente nada, por que acrescentaria agora? Que ele vá, e que não volte. Aliás, essas idas e vindas de treinadores na vida do Atlético, principalmente depois de janeiro de 2006, me fazem recordar um verso do Drummond: ‘Sempre no mesmo engano outro retrato’. E me fazem parafrasear outro: ‘E agora, Atlético?’".
Rafael Lemos, 31 anos, é atleticano e professor.



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