Ser atleticano
Estou certa que todo mundo conhece um torcedor atleticano que se destaca pelo tamanho da sua paixão, por não perder jogo, por ter todas as camisas, por viajar todas as semanas acompanhando o time ou ter o quarto todo decorado com as cores do Atlético, e por aí vai…
Morreu ontem, aos 59 anos, meu primo José Américo Guimarães, um atleticano dos mais apaixonados. Um atleticano que construiu sua vida em torno do fato de simplesmente “ser atleticano”. Ninguém conheceu o Zé sem saber o que era o Atlético para ele, o quanto era parte fundamental de sua identidade. Com muitos excessos, ele passou dos limites por ser atleticano.
Muito mais nova que ele, não tínhamos muito contato; em comum apenas o amor pelo Atlético e o quanto sempre me diverti em saber de suas aventuras: tudo pelo Atlético.
Hoje, quando me despedia dele no velório repleto de atleticanos amigos e parentes dele, uma simples questão me veio à cabeça: será que o Atlético de hoje, com os objetivos desta diretoria é ainda capaz de fazer surgir um torcedor como ele?
Obrigada Zé por ter me mostrado o que é ser um atleticano.