21 set 2007 - 11h12

Alessandro, campeão em 2001, faz 30 anos

Alessandro da Conceição Pinto, lateral-direito da histórica campanha da estrela dourada. Esse fluminense, natural de Campos dos Goytacazes, está completando 30 anos hoje. Alessandro defendeu as cores do rubro-negro entre 2000 e 2004, conquistando dois títulos estaduais, além do Campeonato Brasileiro de 2001.

Quando Alessandro chegou ao Atlético em 2000, Luisinho Netto era o dono da lateral-direita. Artilheiro em Atletibas, o titular havia se firmado na equipe depois de muita luta. Mas a trajetória de seu sucessor não foi diferente. Alessandro também ultrapassou barreiras até conseguir o direito de vestir a camisa 2 atleticana. Fez tanto sucesso que chegou a disputar a Copa América e algumas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo, em 2001.

O começo da carreira deste fluminense foi difícil. Alessandro ajudava a família cortando cana e só treinava quando conseguia algum dinheiro para a condução. Nos momentos difíceis, pensou em desistir do futebol. Só não parou graças aos conselhos da avó, que passou a bancar o dinheiro do ônibus.

Apaixonado por futebol, Alessandro persistiu e passou a se dedicar mais ao futebol. Quando se deu conta, estava treinando no Vasco da Gama. Na época, atuava como volante. Foi no Vasco que acabou sendo deslocado para a lateral-direita, posição carente nos juniores. Abandonou o meio e como lateral foi emprestado ao Campo Grande, Mirassol e Ituano. Destacou-se e voltou ao Vasco, mas novamente não teve chances no clube carioca. Acabou indo para o Bangu, onde sua sorte começou a mudar e a crença da avó começou a tornar-se crença também do restante da família.

Fazendo uma bela campanha no Campeonato Carioca de 2000, o garoto de 23 anos chamou a atenção dos olheiros atleticanos e, no mesmo ano, desembarcou no CT do Caju. Quando chegou ao clube, era o quarto lateral do elenco, atrás de Luisinho Netto, Rogério Souza e Heverton. Porém, nem isso abalou Alessandro.

O jogador só teve uma oportunidade quando o Atlético contratou o técnico Antônio Lopes. Ele conhecia Alessandro dos tempos de Vasco e resolveu apostar no antigo pupilo. Deu certo. Com garra e força de vontade, Alessandro aproveitou a chance e fez partidas maravilhosas na Copa João Havelange de 2000.

Quando Antônio Lopes deixou o Atlético para assumir a supervisão da Seleção, o maior sonho de Alessandro se tornou realizado. Ele foi convocado em 2001 para a Copa América e ainda participou de algumas partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo do ano seguinte. Além disso, depois de ser campeão paranaense, também em 2001, conquistou o título mais importante de sua carreira, o Campeonato Brasileiro. Ele foi titular durante toda a campanha e uma das principais armas da equipe.

Rápido e habilidoso, Alessandro é um lateral ofensivo. Uma de suas marcas características é o drible-da-vaca, incessantemente aplicado na Arena da Baixada. Muitas vezes, a tentativa do olé acabava em erro, o que valeu algumas críticas ao atleta. Porém, o jogador sente que realizou seu sonho e cumpriu a profissão da avó, que dizia: "Você vai ser titular de um grande clube e vai jogar pela Seleção Brasileira".

Depois que deixou o Furacão, foi tentar a sorte no São Caetano. Porém não conseguiu se firmar no Azulão, ficando encostado no elenco do time do ABC por um bom tempo. No início de 2007, Alessandro voltou para sua terra natal, para defender as cores do Botafogo. Na equipe da Estrela Solitária, teve algumas oportunidades neste Campeonato Brasileiro.



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