Ao final da segunda fase de obras, a Kyocera Arena passará a ter capacidade para receber 41.375 espectadores. Atualmente, o estádio comporta cerca de 26 mil torcedores. A previsão do projeto apresentado hoje pelo Atlético é de que todos os lugares sejam sentados, cumprindo as exigências da FIFA, com muito conforto e visão privilegiada. Até alguns anos, a idéia do Atlético era de concluir o estádio com capacidade entre 30 a 35 mil pessoas. Os planos foram alterados depois de o clube ter chegado à final da Libertadores de 2005. Naquela ocasião, houve uma polêmica com a Conmebol, cujo regulamento exigia capacidade mínima de 40 mil pessoas para o estádio da final. Com isso e graças a uma pressão política, a Arena foi vetada e o Atlético obrigado a jogar no Beira-Rio.
O episódio acabou alterando os projetos do clube, que decidiu aumentar a capacidade final da Baixada. O projeto apresentado à comunidade hoje é de um estádio para 41 mil lugares. A ampliação dos assentos será possível graças à construção da reta onde antes ficava o muro divisório com o Colégio Expoente e a algumas mudanças na concepção do estádio. Um exemplo é a alteração do lugar destinado aos vestiários. Isso permitirá a colocação de cadeiras no setor Madre Maria inferior, onde hoje há um recorte para o acesso à sala de imprensa e aos vestiários.
Divisão
A divisão dos lugares da nova Arena ficará da seguinte maneira: serão 37.816 lugares para o público, 2.668 cadeiras vips e 891 cadeiras para a imprensa.
Adequação
Com 41.375 lugares, a Kyocera Arena ficará equiparada em termos de capacidade de torcedores aos principais estádios do mundo. Na última edição da Copa do Mundo, em 2006, cinco dos estádios utilizados pela FIFA tinham capacidade girando em torno de 40 mil lugares. Apenas três ultrapassam a marca de 60 mil. É pacífico que a capacidade dos estádios deve se adequar ao tamanho da cidade, de modo a atender de maneira adequada a demanda do público. Nos anos 60 e 70, o Brasil assistiu à construção de estádios de grande capacidade que hoje estão obsoletos.
Por isso, o projeto atleticano cumpre os requisitos da modernidade. A capacidade prevista atende largamente não só as necessidades do Atlético, mas também as exigências da FIFA para a realização de uma Copa do Mundo. Recentemente, o especialista Oliver Seitz apontou, em artigo para a Gazeta do Povo, que a capacidade de 40 mil lugares era adequada para o Mundial. "A média de público de um Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão fica entre 10 e 15 mil pessoas. Em jogos da seleção brasileira, a média sobe pra mais de 40 mil. Ou seja, por uma análise bastante superficial porém lógica e apropriada , se um estádio for feito pra Seleção jogar na Copa, assumindo assim um caráter público, ele deve ser erguido pensando em pelo menos 40 mil lugares. Se ele for feito para servir o futebol brasileiro, assumindo então um caráter privado, deve-se reduzir o seu tamanho pela metade", escreveu Seitz, que é pesquisador do Grupo de Indústria do Futebol da Universidade de Liverpool.
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