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25 out 2007 - 17h07

Os Fanáticos – saudosismo

O saudosismo é invariavelmente uma constante nas pessoas consideradas mais velhas. O que dizer então de um torcedor e de uma torcida que alcança seus 30 anos? Junte-se não só o aspecto esportivo em si, do futebol romântico, como também da imprensa esportiva, da sociedade curitibana à época, enfim tudo que remonta aos anos setenta e oitenta, onde parece que éramos muito mais felizes e não sabíamos.

A Torcida Organizada Os Fanáticos, a qual tive o prazer de me associar em 1980, proporcionou-me grandes momentos. Sinto uma saudade enorme daqueles Atletibas monumentais que disputávamos no estádio do nosso principal rival em que dividíamos o estádio praticamente no meio-a-meio, com a nossa Torcida ficando na curva da Perpétuo Socorro (na sombra – até hoje não sei como eles nos permitiam essa benesse).

A entrada dos times em campo era algo extraordinário, especialmente do nosso lado, com a cal, o papel picado, os chocalhos de mão, as bandeiras enormes e o foguetório intenso. Marcante também ficou – alguns contemporâneos devem lembrar – quando o Belotto iniciava a batida do repique para o som da Bateria. Era fantástico! Quem diria que nos tempos atuais aquele garoto se transformaria num líder sindical de peso!

Recordo de um Atletiba que vencemos por um a zero, gol do lateral Augusto (mais tarde trocado por Washington e Assis com o Inter) em que ele chutou no sentido de cruzamento na lateral-esquerda próximo ao meio de campo e encobriu o goleiro deles, o Mazaropi. Que jogo! Que festa! E olhe que era no tempo das vacas magras!

A TOF sempre fazia um espetáculo à parte, tanto que era comum o próprio torcedor do verdinho declarar a admiração pela festa que somente a torcida do Atlético conseguia proporcionar.

Só em escrever estas linhas me emociono, lembrando dessa época de ouro. As caravanas em que partíamos da Velha Baixada para o jogo eram como um desfile de escola de samba. Como nos divertíamos!

Saindo um pouco do lado emocional, gostaria de destacar o pioneirismo dos Fanáticos, que alcança não só o estado do Paraná, mas o país todo. Fomos criadores de diversos hinos e cânticos que tomaram conta de estádios pelo Brasil. Pioneiros na organização com CNPJ, sede própria, símbolo, siretoria com funções definidas, etc.

Discorrer sobre o Atlético Paranaense e os Fanáticos é falar de uma parte da minha vida que muito me orgulho e que sinto prazer em participar. Este breve texto demonstra apenas um detalhe, uma lembrança dessa inesgotável paixão atleticana.



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