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3 nov 2007 - 11h59

Colecionando inimigos pelo Brasil afora

O Clube Atlético Paranaense cresceu assustadoramente nos últimos 12 anos e isso está incomodando os chamados “grandes” do futebol brasileiro. O Furacão, que no começo de 2007 parecia mais uma brisa que um verdadeiro Furacão após a chegada do competente Ney Franco e do retorno da torcida atleticana para a Baixada é o novo time a ser batido pelos clubes brasileiros.

Poderia ser diferente mas não é, afinal o campeão brasileiro deste ano é o São Paulo. Com a sábia decisão da diretoria atleticana em reduzir o preço dos ingressos e conclamar a torcida rubro-negra para a Baixada ninguém mais usou o Joaquim Américo como salão de festas. Chega! Acabou! Dentro da Arena da Baixada quem manda é o Atlético, sempre foi assim e continuará assim sendo até a eternidade.

A estrutura apresentada pelo clube desde o Centro de Treinamentos Alfredo Gotardi até o Estádio da Kyocera Arena é invejado e copiado pela maioria dos clubes brasileiros. O Atlético se profissionalizou, o Furacão saiu na frente dos demais e agora quer também o seu espaço tanto no cenário nacional como no cenário internacional.

Cabe a diretoria atleticana manter os preços dos ingressos ou fazer um novo pacote para sócios que o ano de 2008 terá “casa cheia” em todos os jogos, desde o Campeonato Paranaense (sempre mal organizado) até a Copa Sul-Americana. Se a diretoria não esquecer o que a torcida fez pelo clube nesses últimos quatro meses do ano, 2008 será totalmente diferente e quem sabe com casa cheia do começo ao fim de todas as competições que o Atlético dispute o prêmio maior não fique na Baixada como será planejado.

A cada partida que passa o Atlético cria, pela sua competência, novos inimigos. Posto antes ocupado por Fluminense – com o episódio da agressão ao goleiro Ricardo Pinto em 1996 – , por Santos em 2004 na Copa Libertadores, por São Paulo na final da Libertadores em 2005 agora é ocupado pelo viril e desleal time do Grêmio de Porto Alegre. O que se viu no jogo do primeiro turno na capital gaúcha, foi um Alex Mineiro que saiu do campo direto para o hospital com fraturas múltiplas na face e um Evandro que perdeu quatro dentes, quase foi repetido na noite da última quarta-feira, pois o time gremista veio para Curitiba para bater, para dar pontapé, infelizmente para eles, o time atleticano não entrou com o espírito de revanche como eles estavam esperando. E o que aconteceu? Eles foram simplesmente humilhados dentro de campo, apanharam na bola e não se contiveram. Partiram para agressão física aos jogadores e ao patrimônio do Clube Atlético Paranaense.

Alguns jogadores também estão marcados pela torcida atleticana, Aloísio e Dagoberto que saíram corridos daqui nem devem aparecer na Baixada no dia 02 de dezembro próximo. Ontem um outro inimigo quis enfrentar a “fúria” da torcida atleticana. O amarelão Tcheco, queridinho da imprensa paranaense, quis fazer um teatrinho e acabou expulso da partida. Defendido por muitos, não agüentou a pressão e foi duramente criticado pelo seu treinador, Mano Menezes. Cada vez que o ex-meia do time da colônia pegava na bola a torcida o vaiou e no momento da sua expulsão parecia que o estádio viria abaixo tamanha a comemoração da massa atleticana.

Aos poucos o vulcão que outrora dormirá tranqüilo está entrando em erupção, as lavas começam a ser derramadas por todos os lados fazendo estrago a lugares antes inimagináveis, por isso, respeitem o Atlético! O novo grande do futebol brasileiro chegou para ficar, gostem ou não os nossos adversários.



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