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21 nov 2007 - 18h16

A vitrine

Ementa: Mercado – mercado internacional – comércio exterior – produtos importados. Empresários – CBF – contratos. Luvas – comissões – participações. Cacau – jabaculê – mufunfa.

Juntar tudo isto num balaio e dá facilmente para se chegar às conclusões das quais não se pode olvidar.

Primeira: não existe mais “seleção brasileira”. Não chamem isto aí de Seleção. É na verdade a loja ambulante do mercador fenício Ricardo Teixeira.

Vitalício, inamovível e com multiplicidade de subsídios, goza o albino gorila de garantias similares aos membros do Poder Judiciário, parecendo até possuir prerrogativas de função próprias dos parlamentares, ou seja, imunidade: os três macacos para ele e sua trupe. Coordenador-mor das relações contratuais paralelas e evanescentes com seus pupilos intitulados “craques”, através de método aritmético suspeitosamente cartesiano.

“-Eu te mostro. Você aparece, ganha e me compensa em suaves parcelas, pode ser em euros mesmo.” – disse Gorila
“-Mas como, dotô! Se eu num jógu nadia! Meu negóciu é padaria.” – interrogou Jékinson Love, o mais novo selecionável convocado pelo “técnico” Anão Transgênico (porque é geneticamente modificado, sendo ao mesmo tempo Dunga e Zangado, uma fusão).
“-Não importa, isto é de menos. Temos a cobertura da mídia esportiva do sudeste, a real formadora da opinião nacional. Todo o povo deste país está empenhado em consumir o produto seleção-brasileira / R”. [pausa: não é R de registrado, e sim de Ricardo]

“-Entenda: a matéria-prima sai daqui para o exterior e volta beneficiada! O que interessa é VENDER, vender tudo, desde chaveirinhos, camisetas, cuecas até jogadores! Circular o capital, aquecer e movimentar o Mercado, as transações do mundo da bola, sacou? Afinal a fila anda e eu sou o primeiro…”
“-Mas todo múndiu vai ver que eu num sei jogá! E aí como que eu façu nu câmpiú?”
“-Aí o Robinho dá umas 3 ou 4 pedaladas que a torcida vai pro abraço de tanta alegria e nós no alívio, de tanto regozijo…”. [pausa nº 2: quem descobrir nexo, função ou objetivo da “pedalada”, ganhará o prêmio Nobel da Física, porque, até hoje, nenhuma pessoa, na plenitude de sua capacidade mental, conseguiu descobrir o SENTIDO daquele “ato” (“pedalar” com a bola), coisa mais compatível com pombagira em terreiro da Fazenda Rio Grande. O Nobel da Medicina vai para quem descobrir a doença que afeta aqueles que deliram com elas.]

“-E se a gente perdê o jogu?” – Jékinson preocupado.
“-Ah, ah, ah! Qual o problema? Aí o Dunga vai lá com toda a brucutez que Belzebu lhe deu e cospe o verbo na cara de quem for, principalmente dos repórteres que não trabalham para nós”.
“-Ok dotô…intão tá susse. Err…o sr. num pode me arrumá umas ceroulas? Faz muito frio na Xuposlováquia e o meu estoque de feijão mulatinho tá acabandiu.”
“-Deixa que eu mando pra você. Mas só quando tu estiver em dia com teu repasse: pô, Love, tá atrasado 2 meses o jabá!”
“-Tá bão, eu acerto. Puxa, como o sr. entende de fotibór, né? A gente temos que reconhecê seu trabáiu. Vamu concentrá mió e acho que cum garra e diterminassão nóis chega lá”.
“-Obrigado, Jékinson Love! Afinal, estamos aqui pra quê, não acha? Ah, não te esquece que em janeiro tem amistoso. Vai ser com a seleção do Tibete, lá no Nepal”.
“-Falô, dotô, a gente tamos aí…inté!”

E tem gente que acha que não é assim, que isto é ficção ou comédia. Estes, são os que compram as mercadorias da “Nick” (vide dicionário: gíria), se matam por grana para ir nos jogos, vibram com as jogadas mal ensaiadas (“no capricho”, by Galvão) e deliram com as pedaladas; assistem o dia inteiro nos canais fechados as rodinhas de “comentaristas” discutindo se a verruga no dedão de Jékinson vai ser a fatalidade no jogo; se a hemorróida do goleiraço vai murchar ou se a coriza do lateral vem do pulmão ou dos seios maxilares; escalando o fenomenal Luis Fabiano em face de sua importância no cenário nacional; brincando com números a la Zagalo, com estatísticas tão importantes ou determinantes quanto a cor do chinelo da empregada de seu vizinho.

Isto tudo alimenta o sistema. Vestir a marca, fazer valer o patrocínio. Identidade com o Brasil ou com os brasileiros? Que besteira: Jékinson quer aparecer para a Europa e não para a torcida tupiniquim: quer mudar de time, novo contrato, mais jabá, Gorila mais gordo ainda.

Segunda: mas…é uma vitrine. O sendo, pode quebrar. E daí como fica?

Ah, aí o mundo conhecerá o verdadeiro futebol brasileiro. O da Copa de 70 ou de 82. O da Marta, dos campinhos de terra, da várzea, da criatividade e da arte. Chega de fábricas de “Jôs” da vida. A imprensa será imparcial, pois não terá mais compromissos. Dos jornais não sairá mais tinta verde em nossos dedos. As TVs mostrarão por quais razões a Polícia bateu. Fora aos oportunistas políticos, que atacam o governo defendendo maloqueiros bêbados frustrados de 2ª. Nas rádios haverá jornalistas profissionais, sem Coveiro, Tapir ou Fanchonello quaisquer da vida.

Recurso especial conhecido e provido: abaixo esta podridão de “seleção”. É hora do Atlético chegar lá. Com ou sem Alex. Sem a imprensa, sem mídia nem CBF, não importa. Mas com todos nós: eu , você, a torcida, a Diretoria, os jogadores e os funcionários do CAP, a superarmos tudo isto e mais as arbitragens, o Tcheco e os bastardos do Fábio Koff, os burocratas do São Paulo, a imprensa verde. Que se dane o resultado de hoje: não muda nada do esquema. Não vou assistir esta porcaria. Vou ler um livro, que constrói.

2008: O ANO ANO ATLÉTICO – FAÇA A SUA PARTE: quebre esta vitrine,pois ela não é para você. Mas não se preocupe, porque NÓS nunca seremos objeto de INVESTIGAÇÃO (da-lhe, Paranito) muito menos de AÇÃO POLICIAL(da-lhe Corisco).



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