15 jan 2008 - 1h59

Petraglia afirma que 2007 foi o ano mais difícil

O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, afirmou na coletiva de lançamento do Sócio Furacão que o ano de 2007 foi o mais difícil desde que assumiu o clube.

"Vocês sabem que eu sou sonhador, mas tenho senso de realidade muito grande. Claro que a torcida e os jogadores, os adversários, a comissão técnica, todos sabem e está devidamente comprovado que jogar aqui na Arena lotada é realmente difícil. Seria burrice não reconhecer isso, mas por outro lado tenho provas também que mesmo com a Arena lotada já perdemos jogos emblemáticos. De todos os anos nessa caminhada, iniciada há 13 anos, refletimos muito e considero que 2007 foi o pior de todos, desde o dia 24 de maio, que comecei no Atlético. Lógico que a torcida ajuda, é inevitável… cria-se um clima, os jogadores se envolvem. É só ver um estádio vazio que ficamos triste, mas se torcida ganhasse jogo, se fôssemos imbatíveis, eu mesmo pagaria de meu bolso cada ingresso e seríamos sempre campeões! E você, ganhando todos os jogos em casa, ficaria fácil ganhar o campeonato, mas não é assim. Torcida ajuda, mas o que ganha jogo é o time, a qualidade, a seriedade contra o adversário, o momento. São várias as situações para se criar um clima de vitória e sabemos da dificuldade que isso nos traz", afirmou o presidente.

Petraglia também garantiu que o mau momento no Campeonato Brasileiro do ano passado trouxeu à tona um envolvimento maior do torcedor. "Não havia terminado o primeiro turno e a cidade já dizia que o Atlético estaria na segunda divisão, vi muitos torcedores vaiando, gritando olé, apoiando o adversário. Tínhamos outro time da cidade disputando a Libertadores, então no fundo todos nós, torcedores, e eu, mais que ninguém, ficava bravo. A gente se envolve, queremos ganhar, o torcedor não gosta de um ou outro jogador, mas é o calor do momento. Então tínhamos que fazer a nossa parte e quebrar esse clima negativo. Reduzimos os ingressos à meia entrada e isso nos possibilitou a recuperação, pudemos trazer alguns jogadores, mudar a comissão técnica. Daqui pra frente não adianta pensarmos nisso, nos erros, acertos, porque essa ou aquela política… nosso clube não é museu. A história é fundamental, mas vamos viver de hoje para frente, uma nova vida, um novo envolvimento. Vamos dar um sentido maior a essa campanha, esse espírito, esse sentimento de envolvimento, esse compromisso de responsabilidade que estamos sentindo. Além de recebermos sugestões, onde li cada uma, estamos lançando um sentimento. A voz do povo é a voz de Deus. Vamos ver aonde chegaremos".



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