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25 jan 2008 - 9h02

Noite fria, time quente

A fria (?) tarde de verão não estava nada convidativa para ver um jogo de futebol à noite, no meio da semana, ainda por cima contra mais um time de uniforme todo branco com jogadores desconhecidos e meio parecidos. Mas pensando bem eu vou para ver o Atlético e não o adversário e o recente esmagamento da ervilha coxa-branca no seu velho reduto remendado me deu ânimo para sair de casa e prestigiar o rubro-negro. Mais uma vez.

Frio, estádio quase vazio, uniformes brancos, hino do Paraná…nada que anime. Até os 20 minutos do primeiro tempo o jogo com o Cascavel estava equilibrado. Vinícius fez uma defesa espetacular espalmando uma bola para escanteio. Do outro lado, Rodrigão, sozinho na frente do goleiro, perdeu um gol incrível, que poderia tê-lo redimido das suas últimas más apresentações.

Rodrigão não é mau jogador. Ele é dedicado, corre, luta contra um amontoado de jogadores, mas não transforma toda essa vontade em gols. Sai muito da área, embola com os jogadores do meio, facilita o trabalho da defesa contrária. Se ficasse mais adiantado na área talvez pudesse ter mais sorte. Vi um vídeo do site oficial do CAP onde, antes do Atletiba, no vestiário, ele aparece rezando diante de uma imagem de Nossa Senhora. Comovente. É um bom menino. Não é como aquele ingrato que nunca mereceu vestir o manto atleticano. Sinto que ele está fazendo de tudo para engrenar no time. Ney Franco está dando todas as chances para que o Rodrigão engrene, mas até agora, apesar de toda a dedicação e fé, ele ainda não fez por merecer a titularidade. Tomara que ele ainda consiga melhorar seu futebol, mas existem outros atacantes no time que também merecem uma oportunidade e certamente a terão.

Alguns jogadores, comprovadamente bons, estão brilhando em outros clubes, tendo anteriormente passado pelo Atlético sem destaque. Casos de Rodrigo Souto, Morais e Jorge Henrique, para citar alguns. Tomara que esse filme não se repita com o Rodrigão e ele consiga mostrar com a camisa rubro-negra a qualidade do seu futebol. Chances não estão faltando.

Ainda no primeiro tempo, o Atlético perdeu inúmeras outras chances de fazer o gol. A jogada mais utilizada eram os cruzamentos de Jancarlos. Num deles, Netinho, meio desajeitado, quase faz o gol. Num escanteio batido pelo Netinho o goleiro do Cascavel larga e Rhodolfo cabeceia no travessão.Mas o gol não saía.Antes do final do primeiro tempo começa a cair uma chuva fina que, somada ao frio e ao vento, começou a nos castigar na arquibancada.

No segundo tempo o Atlético parecia outro time. O Cascavel sentiu a pressão, cansou e sucumbiu. Logo no começo do segundo tempo Jancarlos bate uma falta de modo preciso e esquenta o jogo fazendo o 1 x 0. O Cascavel sentiu o golpe e não se levantou mais. Ficou completamente grogue. Se havia algum esquema tático ele desabou de vez. Para isso, as mudanças de Ney Franco foram fundamentais. Michel, mais uma vez mal, saiu e Netinho foi deslocado do meio para a ala esquerda cumprindo perfeitamente essa função.Pela esquerda começaram a surgir boas jogadas entre ele e o Ferreira. Ney Franco também sacou Rodrigão para a entrada de Marcelo Ramos e colocou Willian que joga mais adiantado que o Netinho. Os dois incendiaram o jogo e os dois outros gols saíram naturalmente. Os dois de Marcelo Ramos, que fez o que Rodrigão não conseguira até então: os gols. Willian também incomodou bastante. No lance mais espetacular do jogo, numa bola mal atrasada do zagueiro, ele dividiu com o goleiro, ganhou, cruzou, mas infelizmente o gol não saiu. Neste lance vários jogadores chutaram a gol mas a bola teimou em não entrar.

E assim foi. Rhodolfo perdeu um gol feito, Ferreira na cara do gol, outro e os 3 x 0 ficaram de bom tamanho para o Cascavel porque o Atlético poderia ter feito pelo menos mais uns quatro a cinco gols se tivesse convertido as reais chances de gol que teve. Claiton mais uma vez mostrou porque é o melhor jogador do campeonato. Aliás, o time todo jogou muito no segundo tempo. Até o frio diminuiu diante do ímpeto atleticano.

O time do segundo tempo lembrou um pouco aqueles times velozes do começo da década. Não sei se seria o time ideal, mas com Netinho na ala esquerda, Willian e Marcelo Ramos no ataque e com Ferreira no meio, o time ganhou poder de fogo. Vamos ver como o Ney Franco escalará o time daqui pra frente.O importante é que até agora o time faz uma campanha irrepreensível passados 1/5 do campeonato: 5 vitórias em 5 jogos. E tende a subir de produção, além de contar com opções que mantém o padrão de qualidade. Está certo que o ano está apenas começando e que os adversários podem melhorar, mas mantendo esse ritmo o Atlético tem tudo para fazer um campeonato histórico e nos dar a primeira grande alegria desse ano.



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