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9 fev 2008 - 16h59

Casamento

Ontem fez sete meses que eu me casei com a Leidy. Mereceu uma comemoração especial. Sei que não é comum, mas como meu casamento foi no dia 07/07/07, este número tem um significado especial pra nós. E pensar que há uns 17 meses eu nem pensava em me casar. Aliás, durante vinte e tantos anos (mais que 7) da minha vida eu não via o casamento com bons olhos, empiricamente baseando-me pelos relatos de conhecidos e amigos e das minhas próprias experiências com a(s) namorada(as), casos e afins. Acontece que eu não admitia de forma alguma mudar a essência da minha pessoa, o “meu eu”, para viver com alguém, constituir família etc. Eu cheguei a ter certeza que a razão da existência das mulheres era contrariar os homens. Só pra exemplificar, é raro a namorada ou esposa que aceita numa boa o namorado ou marido jogar semanalmente sua pelada, ir em jogos do seu time, isso quando não implica até na televisão! Até lembrei-me agora do Bico, o Manuel, que trabalhou comigo há uns 10 anos na falida SID Informática lá no CIC. Em termos de ambiente de trabalho e amizades, lá foi o melhor lugar em que eu já trabalhei. E ainda tinha um campinho society que era um tapete só pra nós. Até fui o artilheiro do campeonato de 1998 com 15 gols, 1 a mais que o Márcio Bolacha (se não acreditam, o troféu tá lá na casa da minha mãe). Mas voltemos ao Bico, coitado. Pra ele ir jogar o futebol vespertino quinta-feiral (toda quinta-feira) só se a mulher dele fosse junto!! Se ela não fosse, sem chance! Certa quinta ele me contou que saía com o material do futeba pisando em ovos pra mulher dele não acordar e quando chegava à porta, lá estava ela, com os braços cruzados e dizendo “Onde você pensa que vai?”. Ele foi. As indumentárias futeboleiras não. Eu nunca consegui entender como ele aceitava isso. Eu não aceitaria.

Uma namorada que eu tive não chegava nem perto da mulher do Bico, mas teve lá seus momentos de semelhança. Como na vez que fomos (na verdade ela só foi pra me vigiar) assistir a um jogo do Furacão contra o Guarani e ela vibrou quando o saiu um gol do bugre, só pra implicar! Não admitia em hipótese alguma eu ir a um jogo na Arena sozinho. Jogar um futebinha com os amigos foi motivo de várias brigas. Não à toa, e não só por isso, é claro, o relacionamento foi se deteriorando até se acabar (tá, minhas escapadas ajudaram muito também). Mas coisas deste tipo me fizeram sempre colocar o bom relacionamento como primordial numa relação. E foi isso que eu encontrei na Leidy. Fora o fato de ser linda, externa e interiormente, simpática, divertidíssima, bem humorada, carinhosa, e outros atributos que não caberiam aqui, antes de marido e mulher, somos amigos. Mas amigos mesmo, daqueles de zoar um com o outro numa boa, daqueles de rachar o bico de rir das trapalhadas um do outro, daqueles de confortar e ser confortado. A Leidy foi a materialização da mulher que eu sempre idealizei, e que eu duvidava existir. Não to exagerando não. Quer ver? A Leidy jo-ga fu-te-bol!! Dá pra acreditar? Já vi ela fazer cada golaço, dar carrinho, até pedaladas! É pé-quente. O primeiro fogo que fomos juntos, foi aquele Furacão 6 a 4 Vasco que rendeu até um texto publicado aqui na Furacao.com. E foi este relacionamento que me fez enxergar que ela era a mulher que eu sempre quis e em 9 meses eu mudar de time, para o dos casados. E o que eu tenho feito nestes 7 meses, e pretendo fazer o resto da vida, é devolver como eu puder tudo o que eu recebo dela. Isto se chama reciprocidade.

O relacionamento da diretoria do Atlético com seus torcedores tem passado por altos e baixos. No ano passado, era a nossa namorada chata. Quanta implicância! Quanto empecilho! Parecia que queria nos afastar “dela”. Parecia a mulher do Bico. Queria mudar a nossa essência, com proibições, com retaliações. Queria mudar o “nosso nós”.É claro que esta namorada não trocaremos nunca, mas o que recebemos, é o que retribuímos. É a reciprocidade. Se a diretoria continuar mantendo o foco no torcedor, como demonstrou na promoção da reta final do brasileiro 2007, o bom senso ao lançar o plano sócio-torcedor com opções acessíveis, pode apostar que uma grande parte da torcida deixará de ser o torcedor solteiro, que comparece a um ou outro jogo, que não consome a marca, enfim, que pouco participa, e passará a ser o torcedor casado, que retribui de todas as formas possíveis o que recebe e, através deste casamento levará o clube a ser o maior do Brasil.

Fica registrada aqui a crítica construtiva e a singela homenagem à mulher da minha vida. Leidy, eu te amo! Obrigado por você ter, assim com o Atlético, surgido na minha vida e me trazido tantas alegrias. Que nosso casamento seja como o do torcedor com o seu clube: inseparável e eterno.



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