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26 fev 2008 - 15h09

A realidade nua e crua

Independentemente das nossas vontades, das nossas convicções, do nosso estado de espírito, dos nossos sonhos, das nossas ambições, das nossas emoções e de tudo mais que envolve e encanta na vida, somos obrigados a cair na realidade nua e crua deste universo que envolve o futebol.

Mal saímos de um momento mágico particular e de foro íntimo da nação rubro-negra que foi a quebra do recorde de vitórias do furacão de 49 temos que nos defrontar com a dura e tirana rotina do mundo da bola.

Assim como aconteceu com Alex Mineiro, Ferreira, agora o Claiton e ainda acontecerá com certeza nesta temporada com o Netinho, o Danilo e o Antonio Carlos o, poder do dinheiro e a possibilidade da garantia de um futuro econômico mais sólido e portentoso para eles e seus familiares,acabam por ter influência decisiva nesta relação do capital x trabalho.O clube, por sua vez, não pode e não deve ficar sem esta receita que equilibra as contas e permite, no caso do Atlético, continuar a desenvolver o seu projeto de vida. É nesta hora que temos que separar o joio do trigo e entender a necessidade destas movimentações.

Não há como evitar a saída de atletas, muito menos quando a concorrência é externa. São euros, dólares, libras em abundância. Não há jogador que não se sinta tentado e clube que possa esnobar uma boa proposta, muito menos com esta estrutura falida do futebol brasileiro, onde se lê na mídia que a televisão repassa apenas um terço daquilo que arrecada e a Lei não dá proteção e nem incentivo para que os clubes possam investir em formação de atletas.

Hoje quando uma grande parcela dos atletas, está sendo manipulada por uma classe de especuladores denominados procuradores, que a estes dão poderes de decidir sobre seus futuros, capitalizando em benefício próprio sobre o suor ,o trabalho ,o talento, a inocência e as vezes à ignorância dos mesmos, à custa de oportunidade oferecida pela vitrine e exposição que ganham quando atua por um clube de ponta como o Atlético. Depois, em vários episódios já conhecidos, viram as costas e deixam o clube a ver navios.

No caso destes jogadores citados acima, pelo que se lê e pelo que se houve, esta relação clube/jogador está bem equilibrada, existe respeito mútuo onde os interesses das partes estão prevalecendo e a remuneração será sadia para ambos. O clube está sendo respeitado. Portanto não poderemos rotulá-los de mercenários, nem clube nem jogadores. Este é o cenário atual do mundo da bola, mais mercantil e menos apaixonado. A compra e venda de jogadores faz parte da rotina e é imprescindível. Não há como imputar falta de empenho do clube para a permanência de “A” ou “B”, porque nestes casos a diferença de dinheiro é astronômica. A responsabilidade do clube neste caso é a de saber repor sem decréscimo de qualidade a peça negociada do elenco; porque esta rotina jamais cessará, e a renovação de atletas terá que ser feita cada vez mais rápida em um menor período de tempo.

O que nós podemos questionar hoje, é a qualidade e a capacidade dos nossos observadores de novos valores. Os olhos de lince que outrora prospectaram bons atletas como, Adriano, Tuta, Kelly, Lucas, Cocito, Gustavo Kleber etc. Estão em débito. Há tempos não trazemos ninguém semi-pronto com qualidade.

Outro ponto que se pode questionar é o nosso departamento de formação. A exceção de atletas que vieram do PSTC como Jádson, Kleberson, Dagoberto etc. Há muito tempo não conseguimos prover nossa equipe de valores com capacidade de atuar como titular do Furacão. Apenas o Rodolpho é muito pouco para a magnitude da estrutura que temos.

Espero que neste ínterim a reposição das peças que perdemos possa ser feita com qualidade, do contrário teremos que conviver com a possibilidade de perder num futuro próximo o nosso técnico desmotivado com a falta de perspectivas.



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