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7 mar 2008 - 21h33

Tínhamos ídolos, tínhamos time

Nesta quinta ivemos em nossa frente o momento menos imaginado por qualquer atleticano neste ano de 2008. O ano promissor, que encheu de esperança os nossos corações, afundou com um titanic, deixando milhares de coracões partidos.

Tínhamos tudo que um time de futebol precisa. Um time aplicado em campo, jogando com vontade, buscando gols o tempo inteiro, uma torcida encantada com o bom futebol, sorria e retribuia aos jogadores os chamando pelos seus nomes, indo ao estádio, incentivando e como sempre fazendo a sua parte.

Sempre fui devoto do apoio incondicional. Mas este ano, as coisas são diferentes. Tínhamos alguma coisa para sonhar, tínhamos um time com condições de alcançar grandes feitos. Quando estávamos no campo, tínhamos certeza que os vôos seriam altos este ano. Pois a raça, o amor pela camisa, a vontade de vencer pelo Atlético estava lá e não havia desconfiança.

Nossa diretoria, que viveu em paz por um grande período, começou a errar. Errar é humano. Mas estes são os mesmos erros de 3 anos atrás. O erro de não preserver o que sustenta um clube de futebol. O erro de não preserver seus ídolos.

No mundo da bola, jogadores vão e vem. Mas os ídolos, esses não são como os jogadores, eles apenas vão e nascem. Nenhum jogador, chega ídolo a menos que tenha saído como ídolo. E esperar um novo ídolo nascer, muitas vezes pode demorar.

Hoje, somos novamente um time sem ídolos. Pois não foi dado o devido valor a eles. Os dólares os levaram e ficamos sem suas qualidades e sem a inspiração que eles nos davam.

Perdemos a diferença, perdemos a velocidade, perdemos as arrancadas pela direita, perdemos o drible, perdemos também o domínio de qualidade e com ele a raça, a segurança no meio campo e a alma atleticana. Afinal, que time precisa dessas qualidades aqui no Brasil.

Quanto tempo os clubes brasileiros vão errar. É preciso competir com o mercado estrangeiro. É preciso que os clubes tenham coragem de pensar em títulos mundiais, sulamericanos, brasileiros e façam o necessário para ganhá-los. O marketing é o que alimenta o futebol e sem jogadores de qualidade não teremos consumidores.

Mas a quem diga que devemos aderir ao plano de sócios incondicionalmente. Mas eu começo a discordar, ao ponto que a diretoria não faz a parte dela. A partir daí, cada um tem uma opção, e não mais a obrigação de apoiar como antes. Não torcemos para jogadores e sim para o Clube Atlético Paranaense, podem dizer alguns. Mas a nossa forma de protesto deve ser respeitada por todos, pois assim como os diretores decidem o que fazer com o nosso clube e o tratam como um balcão de negócios.

Acho que precisamos repensar o projeto. Precisamos fazer algumas mudanças. Para que, quando houverem ídolos eles sejam mais valorizados. Não podemos culpá-los por suas saídas, pois qualquer pessoa com discernimento, iria pensar no futuro. Pois eu com certeza não vou sustentá-lo até que se aposente e o clube não faria isso por eles também.
Resta-nos sonhar com um time que tenha ídolos como os que se foram. Ídolos recentes e do passado. Sonhando que um dia o Atlético seja o nosso clube. Pois, se fosse meu, jamais teriam saído daqui os jogadores que saíram, ainda mais num momento tão inoportuno.

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Nosso clube tem tido problemas jurídicos constantes com jogadores. Acho que está na hora de avaliar a competência deste setor no clube. Pois assim perdemos muitos jogadores e mais recentemente o Jancarlos, que apesar de ser muito críticado, sempre o defendi. Pois ele teve mais altos do que baixos dentro do time, e mesmo em seus baixos joga muito melhor que o lateral Nei, o qual a torcida não percebe a falta de qualidade. E junto com Jancarlos, foi o cruzamento com qualidade, a força física pela ala direita e alguns lapsos de grande jogador.

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Ferreira e Claiton representavam a alma atleticana dentro de campo. Se doavam como nenhum jogador seria capaz. Quando Claiton estava em campo, todos os jogadores corriam, se movimentavam, lutavam. E quando o Ferreirinha estava lá na direita havia a esperança de vencer até o fim. Com eles se foi o ciclo, se foi o ano de 2008. Pelo menos na imagem que criamos quando eles estavam aqui. Resta aguardar o milagre.

Abraços a todos os atleticanos que hoje estão sofrendo. Nós não merecemos isso. Vamos fazer uma nova chapa para competir com a atual diretoria na época da eleições, se não for para ganhar, apenas para mostrar que existem pessoas capazes de confrontar com os interesses deles.



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