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9 mar 2008 - 11h08

Eu, empresário

Amigos, decidi montar uma empresa. Não sou formado em administração (aliás, não sou formado em nada), mas isso não será empecilho. Já tenho uma meta traçada. A empresa vai produzir papel higiênico. Isso aí. Um ramo que tem sucesso garantido, afinal, todos usam esse produto. Já até decidi o nome da empresa: Higienic Papers do Paraná. Ah, meu amigo, com esse nome é sucesso garantido! Além de vender bem no Brasil, porque brasileiro adora nome “em estrangeiro”, ainda vou fazer sucesso com meu produto no exterior!

Vou fazer campanhas publicitárias enormes. Farei uma inovação na propaganda de papéis higiênicos: serei dono da única empresa que faz comerciais com pessoas usando o papel. Mas não serão quaisquer pessoas, não! Só vou contratar as mais belas modelos, pra exibirem seus belos corpos enquanto estão… Digamos… Concentradas. Propaganda é a alma do negócio! Um comercial inovador assim vai ser sucesso garantido!

Mas não vou parar por aí… Vou fazer parcerias com empresas de estados distantes… Essas empresas vão fornecer o papel e minha fábrica só terá o trabalho de enrolar no tubo de papelão e empacotá-lo. Bem, acho que se a minha própria empresa produzisse o papel seria mais confiável, mas que se dane o “orifício” do povo. Vou vender muito mesmo com meu papel sendo de qualidade não tão boa. Desde que eu não suma da mídia, é claro.

Além do mais, descobri a fórmula para nunca pagar salários altos pra funcionários: eu os contratarei como temporários. Ou melhor, farei o seguinte: os funcionários mais exigentes eu contratarei por pouco tempo, senão logo começam a querer muito da minha empresa. Os que não pedirem muito, eu deixo até quando aguentarem, afinal, pra embalar papel, serve qualquer um. Nós precisamos de gente qualificada apenas pra vender nossa imagem.

Mas é claro, pra eu fazer tudo isso pela minha empresa, preciso de capital. Meu produto não vai ser barato, infelizmente. É impossível manter a fábrica de pé sem grana. Pros meus consumidores terem o papel higiênico mais famoso do Brasil, terão que arcar com o prejú financeiro… Negócios são negócios.

Bem, acho que com tudo isso, meu sucesso como empresário está garantido. Sei que quem usar o papel da minha empresa não vai estar muito satisfeito, pelo preço e pela qualidade, mas quem olhar toda a publicidade, todo o tamanho da fábrica e meu poder como grande visionário e administrador vai admirar minha marca. E isso que importa: a forma como minha empresa é vista. Não é fácil concorrer com a qualidade dos grandes produtores de papel higiênico, mas pelo menos em termos de imagem, serei muito bem cotado. E como dinheiro é o que importa, pra mim uma boa reputação basta pra ir bem nos negócios.

Ah, e sexta-feira começo a vender o meu produto, hein? Quero ver fila pra comprar a nova sensação do mercado!



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