Calvário inglório
Está certo que o futebol atual está completamente submetido aos interesses mercadológicos dos clubes, das empresas patrocinadoras, dos procuradores, dos jogadores e de integrantes da mídia, gente, enfim, que vive do futebol. Está certo que, para sobreviver, o Atlético deve fazer parte desse mercado, amplamente globalizado. Entretanto, seria necessário desenvolver outras estratégias, centralizadas em outras formas de inteligência gerencial, capazes de contemplar a paixão dos torcedores, razão maior do futebol. Para o torcedor não importa o lucro que o time obtém em suas transações, isso é questão privativa da diretoria administrativa. Para o torcedor importa um time aguerrido, lutador, com vontade de vencer… Um time que, no plano simbólico, nos faça vencedores, aplacando um pouco as frustrações da vida real. Compete a diretoria buscar caminhos alternativos. Ser criativa, ou seja, criar as condições para que o time seja vencedor é o seu papel. Não adianta ficar chamando o torcedor de ignorante e muito menos culpabilizar o mercado. Estão no comando do Atlético por que assim o quiseram. Façam um time vencedor e terão sempre o apoio da torcida, cansada do calvário inglório dos últimos anos.