Domingo “sem” Ramos
Domingo de Ramos, 16 de março de 2008, é um dia para ser esquecido, um domingo normal em que não houve futebol em Curitiba, nem clássico na Arena.
Não houve futebol porque o Atlético ‘não jogou’, pois ele não joga, ‘dá show’ aos seus espectadores. Mas neste, não foi o domingo do Ramos, pois ele também não deu show, aliás considerando a falta de ensaio do grupo, acho que ele deveria se recolher ao camarim até que esteja preparado para o show. Cabe ao diretor do espetáculo a substituição dos astros, em cada ato, pois a partir do momento em que se fecham as cortinas não mais é possível satisfazer o público, e com certeza faltará aplausos para alimentar os artistas.
Acho que o grupo está carecendo de mais ensaios, dignificando o espetáculo e o público que lhe é fiel, transformando-se no palco ao vestir o manto sagrado da arte, a túnica rubra que aparenta o sangue que lhes corre nas veias. Talvez a mímica não esteja sendo bem compreendida, pode ser que a estrela do show tenha sido substituída por um ator coadjuvante, mas o espetáculo não pode parar. É preciso elevar novos astros da escola para o palco principal, pois sempre haverá público para aplaudir o experiente ator e o jovem astro que desponta.
A arte não morre, porém o artista é fungível e o teatro é mutante, sempre levando a alegria a vários pontos do planeta. Já vimos espetáculos em vários pontos do país e do continente americano muito bem encenados por jovens talentos que ora alçam vôos por teatros maiores.
Mambembe ou com classe, o que importa é que ‘o show não pode parar’.
Se temos a Arena, o espectador e a escola de astros, o que falta para iniciar o show? Aplausos? Ei-los! Bilheteria? Sim! Então, que abram-se as cortinas!
Vamos lá Furacão, o espetáculo é seu!