Dinheiro na mão é vendaval
Existem várias teorias que envolvem o mercado e se relacionam à retribuição pelo nosso trabalho. PEPSI’s da vida, 5 P’s, 6 S’s, Mais Valia, Oferta e Procura, por aí vai, são alguns exemplos…
Mas não adianta a gente tentar encontrar teorias para explicar aquilo que é simples e que se chama de ‘força do dinheiro’.
Ainda mais nos dias de hoje, no futebol, onde se profissionalizou tudo, até mesmo a paixão.
A paixão profissionalizada é aquela que hoje ama duas cores, amanhã outras duas; depois de amanhã jura amor por um time e, três meses depois, beija o escudo de outro.
A profissionalização da paixão, desprofissionalizou a razão.
Haja vista as inúmeras desculpas, os fúteis argumentos e as diversas besteiras que fazem com que profissionais justifiquem sua profissional paixão.
O último exemplo ao qual achei que estivesse esquecido, foi novamente lembrado na matéria de hoje da Furacao.com: Claiton.
Eu fiquei pensando comigo mesmo e em minha ingenuidade quando ele foi embora, que ele deveria estar ganhando umas quatro a cinco vezes o que ganhava aqui.
E qual não foi a minha surpresa ao ler ipsis literis o que segue abaixo:
Furacao.com: ‘Qual foi a diferença financeira entre a proposta do Consadole e o seu salário no Atlético?’
Claiton: ‘Praticamente o dobro do meu salário no Atlético.’
‘Praticamente o dobro’? Quer dizer que o cara sai daqui, onde o tratavam como rei, o idolatravam, pra ganhar ‘menos que o dobro’?
Pera aí?!
Qual o custo de vida no Japão? Tem feijão lá? Vai ficar perto das ‘pessoas que dependem’ dele? E a ‘tristeza da (sua) esposa’? A ‘vontade do filho’?
Profissional da paixão, Claiton agora deu mostras de ser um profissional da ignorância.
Partindo do pressuposto que ele mesmo afirmou que ‘o Atlético é um clube empresa no sentido de que é o clube que mais vende no país e que não tem interesse e nunca teve de cobrir propostas, pois é uma maneira de pensar da direção’ ele selou seu destino de desconhecimento e de alienação de razão pois esqueceu que, há menos de um ano Alex Mineiro foi mantido justamente com essa política a qual Claiton afirma que o Atlético não possui.
Como Dagoberto, Aloísio e Jancarlos, Claiton demonstra mais uma vez que apenas usou meu Atlético.
Infelizmente, temos de cuidar em quem podemos confiar e a quem bateremos nossas palmas.
Afinal, em tempos de ignorância profissionalizada, qualquer trocado compra também sua paixão!
Dinheiro na mão é mais que vendaval…